Há cerca dois anos, um livro vem sacudindo, agitando e até abalando o coração de milhares de adolescentes e jovens adultos. Sem falar dos litros de lágrimas derramadas no início, no meio e no fim do percurso da leitura. Assim como ocorreu com a saga Harry Potter alguns anos atrás, o romance A culpa é das estrelas, de John Green, é um daqueles fenômenos literários e sociológicos que ultrapassa as barreiras do país de origem do autor (no caso de Green, os Estados Unidos) para conquistar o coração e a paixão pela leitura de meninas e meninos ao redor do mundo.
A madrugada de hoje foi bem agitada para os poucos sortudos dessa turma que conseguiram assistir à sessão de pré-estreia da adaptação cinematográfica do best-seller no Cinemark. O filme estreia oficialmente hoje e garotas e garotos no auge de suas reações exageradamente dramáticas da vida dizem não apenas querer assisti-lo, mas também precisarem. Desde que foi lançado, o romance vem se mantendo no primeiro lugar da lista dos mais vendidos do Brasil. Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), foram nada mais, nada menos do que 293.334 exemplares desde o início do ano, sendo 17.944 só na última semana.
A história pode até parecer banal: Hazel é uma garota de 16 anos com um câncer terminal que conhece Augustus Waters em uma reunião do Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Os dois se apaixonam e iniciam uma relação amorosa, apesar dos obstáculos da doença. O segredo de tanto sucesso? Entre escrita caprichada, história emocionante e personagens cativantes, os leitores não poupam elogios ao livro.
“O escritor mostra exatamente o sentimento dos personagens. E o livro tem muita filosofia também. Tipo de ficar falando sobre os valores das coisas, da vida, achei isso massa. E a história é muito bonita”, relata Julia Herold, estudante de 11 anos. Com um consumo mensal aproximado de oito a dez livros, ela não se rendeu facilmente a Green.
O jornalista Eduardo Donida, de 23 anos, também acabou se rendendo. “Fui viajar com uns amigos e um deles estava lendo esse livro. Ele falou muito bem e comprei logo dois desse autor. No geral, é meio infantojuvenil, mas tem umas sacadinhas que podem parecer besteiras, mas fazem você pensar.” Ambos pretendem comparecer aos cinemas do Recife nos próximos dias, para conferir no formato audiovisual a história de Hazel e Augustus. Sem falar das outras centenas de fãs de todas as idades. Preparem os pacotes de lenços e aguardem os números da bilheteria.
Leia a matéria na íntegra na edição desta quinta-feira (5) no Caderno C, do Jornal do Commercio