Depois da notícia da morte do escritor Carlos Heitor Cony, 91 anos, nesta sexta (5), a Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou uma nota lamentando a perda e anunciando um luto de três dias na instituição. Cony ocupava a cadeira de número 3 na instituição desde 2000 e era um dos nomes mais queridos das fileras da academia.
Para o presidente da ABL, Marcos Lucchesi, a perda de Cony é tanto pessoal quanto literária. “Fui seu leitor fervoroso e perdi a conta dos charutos compartilhados ao longo dos anos. Perdemos um nome certo para o Nobel”, afirmou.
Além disso, destacou a importância da obra de Cony dentro da literatura recente brasileira. “Carlos Heitor Cony integra a família dos grandes escritores do século 20. Criou um continente literário fascinante, sagaz, imprevisível. Homem de vasta cultura, jamais se desligou do presente, do Brasil e do mundo. Quase memória é um de seus livros mais visitados e redesenha a figura do pai na literatura brasileira”.
O cronista faleceu em decorrência de uma falência múltipla de órgãos. Ele esteva internado no Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Entre as muitas honrarias que ganhou em vida, estão três prêmios Jabuti e o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra em 1996.