“Um show daqueles de fazer fã ficar emocionado!” Isso é o que promete BNegão, que divide os vocais com Marcelo D2 no Planet Hemp. O grupo carioca se apresenta hoje à noite no Chevrolet Hall, em Olinda, depois de dez anos longe dos palcos. Legalize já, Fazendo a cabeça, Queimando tudo, Nêga do cabelo duro, Mary Jane, Dig dig dig são alguns dos muitos (e polêmicos) hits dos rapazes que defendem abertamente o consumo e a legalização da maconha. O DJ Gordoxzz toca antes do show.
“A parada começou depois que fomos convidados para fazer um show em homenagem aos 30 anos do Circo Voador. Foi tão bom que virou turnê. A mesma coisa aconteceu com o Barão Vermelho: o pessoal do Circo os chamou para apenas uma apresentação e eles resolveram fazer uma coisa maior. O Circo Voador sempre foi a casa da galera”, fala BNegão, a respeito da casa de shows carioca.
A ex-quadrilha da fumaça carioca surgiu em 1993 e se notabilizou pelo som energético que mistura elementos do rock, punk, hardcore, funk, ragga e hip hop. Sem falar nas letras e discursos explicitamente a favor do consumo e legalização da maconha. Uma militância que já rendeu até prisão à banda. Após um show em Brasília, o grupo passou quatro dias na cadeia por ser acusado de apologia ao uso de entorpecentes.
“Acho que a gente exerceu um papel importante na discussão sobre a maconha. Hoje tem mais pessoas influentes falando abertamente sobre isso (entre elas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). Tiramos o assunto do porão e trouxemos para a sala de jantar (risos)”, analisa BNegão.
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