Violeiro, compositor, arranjador, professor e pesquisador, Adelmo Arcoverde é reconhecido em todo o País como uma das principais referências nordestinas de seu instrumento. Além do talento e da qualidade de seu trabalho, o artista se destaca por ser o principal responsável por desenvolver um novo conceito da viola popular, tradicionalmente utilizada por repentistas apenas para marcar a poesia de cordel. Mesmo assim, apenas agora, aos 58 anos de idade, após inúmeras gravações em coletânea, ele chega a seu primeiro álbum solo. E seu filho, o também violeiro André Arcoverde, teve um papel primordial nesse desafio.
O lançamento oficial do CD Convertido ocorre esta terça-feira (1º/10), a partir das 20h, no Teatro Marco Camarotti, do Sesc Santo Amaro.
O violeiro, cujo método de pesquisa e execução do instrumento tem como referência mais a música oriental (mais ligada à emoção e à alma) do que a ocidental (mais racional) e possui uma ligação com o imaginário místico nordestino, diz que não acredita no acaso.
Adelmo lembra que passou três décadas tocando, viajando, ensinando, pesquisando e vendo seu filho André crescer sem nunca imaginar que um dia gravaria com ele. "Não teria condição de tocar comigo se não tivesse muita técnica. Meu trabalho exige isso", afirma com orgulho.
A parceria com André deu tão certo que Adelmo já possui um segundo álbum, Mensageiro, gravado e mixado - que ele pretende lançar até dezembro deste ano - e, em 2014, quer realizar um terceiro disco. "Agora estou entendendo que chegou a hora de parir os filhos", diz
Com 12 faixas, Convertido traz uma fração do resultado da pesquisa que Adelmo Arcoverde realiza desde os anos 1980 no universo da viola nordestina, que é alçada ao patamar do melhor da música instrumental da região.
Em tempo: atualmente Adelmo também finaliza um método de viola para publicar em livro.
Leia a matéria completa na edição desta terça-feira (1º/10) do Caderno C do Jornal do Commercio