A estética do videoclipe reserva um capítulo inteiro para discutir a produção pernambucana pós-manguebeat. Centrada no clipe Deixe-se acreditar, do Mombojó, a análise destaca uma série de continuidades sintetizada em conceitos como o de “brodagem”, o trabalho informal de amigos que configura quase um modelo de produção. Mas Thiago Soares não esquece de demarcar, também, as diferenças entre os dois momentos: os clipes, por exemplo, agora circulam online e mais importante do que garantir espaço na MTV, é ser “viral”.
A nostalgia do videoclipe está no centro do debate sobre videoclipes históricos intitulado Videoclipe e memória afetiva na cultura pop que acompanha o lançamento de A estética do videoclipe na noite desta segunda. Participam da mesa os jornalistas Schneider Carpeggiani, comentando o clipe Like a prayer, de Madonna, Talles Colatino, que analisa Criminal, de Fiona Apple, e de Fabiana Moraes, com o clipe Losing my religion, do REM. Além do próprio Thiago Soares, que discorre sobre Nothing compares 2U, da cantora irlandes Sinead O’Connor.