No Recife, coco é o ritmo musical para celebrar Xangô

No sincretismo afro-brasileiro, o orixá do fogo está relacionado ao São João Batista
Do JC Online
Publicado em 25/06/2015 às 6:04
No sincretismo afro-brasileiro, o orixá do fogo está relacionado ao São João Batista Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


“A festa é democrática, pode vir todo mundo”, garante a chef iabassé Dona Carmen Virgínia, dona do restaurante Altar Cozinha Ancestral, em Santo Amaro, no Recife. Hoje à noite, a partir das 19h, ela e seus convidados comandam um arraial especial, em ritmo de coco, para celebrar Xangô, orixá patrono do mês de junho, na mitologia do candomblé, e no sincretismo católico relacionado a São João Batista. O evento é aberto ao público, e acontece em frente ao estabelecimento.

“Quando a gente quis ser um restaurante, pensamos como agregar ao espaço a cultura do terreiro. Tenho a sensação de que a cultura popular não tem muito espaço. O Altar é a extensão do terreiro Ilê Axé Ogdon Obá”, explica Dona Carmen. 

Com a abertura dos terreiros em 1950, o coco passa a ser símbolos de resistência e festa. Hoje é também sinônimo de continuação de uma cultura de gerações. Mesmo com a morte de Mãe Biu, a criação do Bongar, em 2001, fortaleceu a tradição e a festa no terreiro da Xambá. 

“Nesses últimos anos a tradição vem crescendo de uma forma incrível; vêm nascendo sambadas em vários ambientes – praças públicas ou terreiros, ambientes que tornam suas casas para essas sambadas e com um cunho religioso muito forte, e tem atraído muito a identificação da juventude”, completa o músico.

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