Vanessa da Mata e Rita Benneditto brilharam no FIG 2018

Noite foi das mulheres no domingo (22) e público vibrou mesmo embaixo de chuva
Márcio Bastos
Publicado em 23/07/2018 às 14:53
Noite foi das mulheres no domingo (22) e público vibrou mesmo embaixo de chuva Foto: Felipe Souto Maior/Secult-PE/Divulgação


Um dos aspectos mais interessantes do Festival de Inverno de Garanhuns é juntar em um mesmo palco trabalhos com propostas distintas, ajudando a montar um mosaico complexo do que é produzido no país. Na noite de domingo (22), a força do feminino deu o tom das apresentações do Palco Mestre Dominguinhos, o maior do evento, e reuniu desde as cantoras Amanda Back, Aninha Martins, Laila Garin, Rita Beneditto e Vanessa da Mata, que reuniu uma multidão mesmo embaixo de chuva.

Nome proeminente da nova cena do Estado, Aninha Martins fez um show enérgico com o repertório do disco Esquartejada. Ela foi seguida por Laila Garin, acompanhada do trio A Roda. No repertório, versões interessantes de faixas como Não Me Arrependo, de Caetano Veloso, e Não Me Deixe, do pernambucano Juliano Holanda. O público foi ao delírio quando ela, que já interpretou Elis Regina em um musical, cantou Como Nossos Pais.

DEBAIXO DE CHUVA

A maranhense Rita Beneditto levou ao FIG 2018 o show comemorativo dos 15 anos do disco Tecnomacumba. Pautado na valorização da cultura afro-brasileira, o trabalho cresce ainda mais ao vivo e a artista brilha no palco. Sua interpretação vai além da voz, reflete em todo o corpo, levando a plateia ao êxtase em canções como Cavaleiro de Aruanda, Domingo 23 e É D’Oxum.

Rita reforçou que seu trabalho é de resistência diante do preconceito que se perpetua em relação à cultura negra. Ela fez ainda duras críticas ao fundamentalismo e à censura, prestando solidariedade à Renata Carvalho, atriz trans censurada com o espetáculo O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu. E

Na hora do show de Vanessa da Mata, a praça estava lotada. A cantora, em turnê de divulgação do Caixinha de Música, entoou grandes sucessos, como Vermelho, Não Me Deixe Só , Boa Sorte e Ai, Ai, Ai, cantada de forma catártica com o público e a cantora tomando um banho de chuva. O domínio de palco e a simpatia dela conquistaram Garanhuns e os pedidos de mais foram muitos. Tantos que ela voltou (ovacionada) para o bis, quando cantou Baú e Por Enquanto, de Legião Urbana.

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