Morre Edmond Dansot, fotógrafo francês radicado no Recife

Dansot inovou ao apresentar o Recife através de uma estética fotográfica diferenciada, mais voltada para a arte
Do JC Online
Publicado em 30/03/2012 às 17:45
Dansot inovou ao apresentar o Recife através de uma estética fotográfica diferenciada, mais voltada para a arte Foto: Foto: Reprodução da internet


Nesta sexta-feira (30), a fotografia pernambucana sofreu uma perda inestimável. O fotógrafo francês Edmond Dansot faleceu nesta madrugada, por volta das 2h, vítima de insuficiência respiratória e renal. Dansot, que morava no Recife desde criança, completaria 88 anos no próximo sábado (31). O sepultamento aconteceu às 15h, no Cemitério Parque das Flores.

Edmond Dansot foi um dos grandes nomes da fotografia em Pernambuco. Retratando paisagens recifenses, o francês ajudou a contar a história da cidade através de fotos. Ele chegou ao Recife aos 13 anos, junto com um grupo de religiosos maristas para se tornar missionário. Depois de ensinar matérias como matemática e física, o jovem Dansot conheceu o mestre da fotografia Fritz Liebmann, em uma viagem a Belem do Pará.

Depois de algumas lições, Edmond largou tudo para se tornar fotógrafo. Foi quando se tornou correspondente do jornal francês L'Equipe, como fotógrafo de esportes. Mas Dansot não parou por aí. Em uma época em que a arte da fotografia ainda atuava timidamente na cidade, o francês inovou ao apresentar o Recife através de uma estética  diferenciada, mais voltada para a arte.

Ao ganhar destaque na profissão, Dansot montou um estúdio nas Rua das Ninfas, no bairro da Boa Vista. A casa foi seu local de trabalho ao longo de toda a vida. Lá, Edmond deixou catalogado, como legado, um acervo com mais de 150 mil registros. Entre as raridades, é possível encontrar fotografias das ruas do Recife durante as décadas 1950 e 1960.

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