Queen forever (Virgin Records) – Durante as sessões do album Hot space (1981), foi gravada a base de uma canção que não foi aproveitada. Ela voltou a ser trabalhada para o discoWorks (1984), e acabou, um ano depois, sendo lançada no álbum solo de Freddie Mercury Mr.Bad guy. Mercury fez uma versão da canção, uma balada, com Michael Jackson, em Los Angeles, finalmente masterizada e mixada pelo produtor William Orbit (Madonna, Robbiw Williams). Um baladão sem grandes qualidades, vale mais pela curiosidade, e o título irônico: There must be more to life than this (Deve haver algo mais na vida do que isto).
São 36 faixas, entre hit manjados, versões diferentes e inéditas, entre estas Let me in your heart again, de Brian May, sobra de The works. Outro acepipe para fã do grupo é Love kills numa versão apenas com o Queen, com Freddie Mercury. A canção original está na trilha de Metropolis, o filme de Fritz Lang, com trilha produzida por Giorgio Moroder, parceiro de Mercury nesta faixa. As 36 faixas cobrem toda a carreira do Queen. A versão em CD simples tem 20 faixas.
The Who hits 50, The Who – O título é claro: o Who chegou aos 50 anos e, como os Rolling Stones, em 50 licks, lança um álbum duplo, porém com 44 faixas. Apenas uma é inédita, Be lucky. As demais abrangem a carreira da banda desde que ainda se chamava High Numbers. Há versões remasterizadas, editadas para rádio na época em que foram lançadas nada que o fã do Who não tenha. Uma coletânea preguiçosa, que chega às lojas como álbum duplo e simples.
The art of McCartney – Provavelmente nem os fãs ardorosos de Paul McCartney (quase todos) vão incluir este álbum triplo entre seus tributos prediletos ao ex-Beatle. O produtor e idealizador do projeto, Ralph Sall, é um fã ardoroso de Macca, e levou dez anos para finalizar esta produção, conseguindo reunir um galáxia de estrelas de primeira grandeza De Bob Dylan, a Billy Joel, passando por Brian Wilson, Willie Nelson, Airborne Toxic Project, Perry Farrell, e por ai vai. Reuniu também Brian Ray, Rusty Young, Paul Wickens e Abel Laboriel Jr. ou seja, a banda que acompanha Paul McCartney há alguns anos.
O tão aguardado projeto findou como um karaokê de luxo, até Dylan, que nunca suas próprias canções como forma gravadas, canta Things we Said today da maneira mais convencional que lhe é possível., ma ainda é a melhor versão do disco1, pela voz de lixa, que contrasta com a canção de amor feita por McCartney(mas assinada também por Lennon), há 50 anos. No entanto, édifícil distinguir a versão de Maybe i’m amazed feita por Billy Joel do original de Paul McCartney (1970). A Heart assume o karaokê em Band on the run, canta em cima do mesmo aranjo de McCartney.
Recentemente a Flaming Lips lançou sua versão, na íntegra, do Sgt Pepper’s, em que desconstrói o clássico álbum dos Beatles. Descontroi, mas não recria. The Art of McCartney nem descontroi, nem recria, só copia. São 34 faixas, na versão simples, com mais oito extras na superdeluxe. Tem faixa que se jura estar ouvindo o próprio homenageado cantar. Indicado aos fãs exacerbados de Macca, ou dos Beatles.
(leia matéria na íntegra na edição impressa do Jornal do Commercio)