CINEMA

Com Big Jato, Cláudio Assis conquista Festival de Brasília pela terceira vez

Produção pernambucana ganhou cinco Candangos, entre eles o de Melhor Filme

Ernesto Barros
Cadastrado por
Ernesto Barros
Publicado em 23/09/2015 às 0:01
Júnior Aragão/Divulgação
Produção pernambucana ganhou cinco Candangos, entre eles o de Melhor Filme - FOTO: Júnior Aragão/Divulgação
Leitura:

BRASÍLIA - O longa-metragem Big Jato, de Cláudio Assis,  ganhou o Candango de Melhor Filme do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, durante cerimônia realizada no Cine Brasília, na noite desta terça-feira.  Com esta vitória, o caruaruense Cláudio Assis conquistou o terceiro Candango de Melhor Filme da sua carreira. Em 2002 e 2005 ele havia ganhado o prêmio com os longas Amarelo Manga e Baixio das Bestas, respectivamente. Esta é quinta vez que o cinema pernambucano leva o prêmio principal do festival. A primeira foi em 1997, com Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Em 2012, a vitória foi dupla, com a divisão do prêmio por Eles Voltam, de Marcelo Lordelo, e Era uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes.

Depois de ser recebido por vaias e obrigado a ficar calado, no sábado passado, quando Big Jato foi exibido, Cláudio lavou a alma com os prêmios para seu último longa. Além de Melhor Filme, Big Jato ganhou mais quatro Candangos: Melhor Trilha Sonora (DJ Dolores), Melhor Roteiro (Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco), Melhor Atriz (Marcélia Cartaxo) e Melhor Ator (Matheus Nac htergaele).  Cláudio subiu ao palco duas vezes. Nas duas , enfrentou as vaias de parte do público do Cine Brasilia. Em menor volume, o barulho não intimidou o cineasta. “Eu já vaiei e fui vaiado. Mas a vaia não pode calar a boca de ninguém. Esse filme foi feito em três semanas, com um pequeno orçamento, mas lembrem o que vocês viram na tela”, disse o cineasta, ao receber o prêmio.

 

O longa-metragem curitibano Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba, também foi um grande vencedor do festival. Afinal, o filme ganhou em seis categorias:  como a de melhor diretor e de atores coadjuvantes. O ensaista e crítico Jean-Claude Bernadet ganhou o Prêmio Especial do Júri por sua performance em Fome, de Cristiano Burlan.  Entre os curtas-metragens, o grande vencedor foi Minas Gerais, com os filmes Quintal e Rapsódia para um Homem Negro.

 

PRÊMIOS - 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

 

 

FILME DE LONGA METRAGEM – Júri Oficial

 

Melhor Filme de longa metragem - R$ 100.000,00 - Big Jato, de Cláudio Assis

 

Melhor Direção - R$ 20.000,00 - Aly Muritiba, por Para Minha Amada Morta

 

Melhor Ator - R$ 10.000,00 - Matheus Nachtergaele, por Big Jato

 

Melhor Atriz - R$ 10.000,00 - Marcelia Cartaxo, por Big Jato

 

Melhor Ator Coadjuvante - R$ 5.000,00 - Lourinelson Vladmir, por Para Minha Amada Morta

 

Melhor Atriz Coadjuvante - R$ 5.000,00 - Giuly Biancato, por Para Minha Amada Morta

 

Melhor Roteiro - R$ 10.000,00 - Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, por Big Jato

 

Melhor Fotografia - R$ 10.000,00 - Pablo Baião, por Para Minha Amada Morta

 

Melhor Direção de Arte - R$ 10.000,00 - Monica Palazzo, por Para Minha Amada Morta

 

Melhor Trilha Sonora - R$ 10.000,00 - DJ Dolores, por Big Jato

 

Melhor Som - R$ 10.000,00 - Claudio Gonçalves e Flávio Bessa, por Fome

 

Melhor Montagem - R$ 10.000,00 - João Menna Barreto, por Para Minha Amada Morta

 

Prêmio Especial do Juri - Jean-Claude Bernardet, por Fome

 

 

 

FILME DE CURTA OU MÉDIA METRAGEM – Júri Oficial

 

Melhor Filme de curta ou média metragem - R$ 30.000,00 - Quintal, de André Novais

 

Melhor Direção - R$ 10.000,00 - Nathália Tereza, por A Outra Margem

 

Melhor Ator - R$ 5.000,00 - João Campos, por Cidade Nova

 

Melhor Atriz - R$ 5.000,00 - Maria José Novais, por Quintal

 

Melhor Roteiro - R$ 5.000,00 - André Novais, por Quintal

 

Melhor Fotografia - R$ 5.000,00 - Leonardo Feliciano, por À Parte do Inferno

 

Melhor Direção de Arte - R$ 5.000,00 - Fabiola Bonofiglio, por Tarântula

 

Melhor Trilha Sonora - R$ 5.000,00 - Sérgio Pererê, Carlos Francisco, Gabriel Martins e Pedro Santiago, por Rapsódia para o Homem Negro

 

Melhor Som - R$ 5.000,00 - Léo Bortolin, por Command Action

 

Melhor Montagem - R$ 5.000,00 - Pablo Ferreira, por Afonso é uma Brazza

 

Prêmio Especial do Júri (Pela feliz conjugação entre o trabalho de direção e atuação coletiva):

 

História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus

 

 PRÊMIOS DO JÚRI POPULAR - para os filmes escolhidos pelo público, por meio de votação em cédula própria:

 

Melhor Filme de longa metragem - R$ 40.000,00 - A Família Dionti, de Alan Minas

 

Melhor Filme de curta ou média metragem - R$ 10.000,00 -  Afonso e uma Brazza, de Naji Sidki e James Gama

 

Prêmio ABCV - Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo - Conferido pela ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo a profissional do audiovisual do Distrito Federal  - Homenagem ao ator Gê Martu

 

Prêmio Canal Brasil - Cessão de um Prêmio de Aquisição no valor de R$ 15 mil e o troféu Canal Brasil, ao Melhor filme de curta metragem selecionado pelo júri Canal Brasil. Filme: Rapsódia para o Homem Negro, de Gabriel Martins

 

Prêmio exibição TV Brasil - O título premiado integrará a programação da emissora. Melhor filme de longa metragem - R$ 50 mil - Filme: Santoro – o Homem e sua Música, de John Howard Szerman

 

Prêmio Marco Antônio Guimarães - Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que destaca  o uso de material  de arquivo e de pesquisa  cinematográfica. Filme: Santoro – o Homem e sua Música, de John Howard Szerman

 

Prêmio ABRACCINE - O Prêmio da Crítica - Por fazer o retrato sensível de uma solidão usando a música como condutor narrativo dos sentimentos, humanizando um personagem a princípio duro e impenetrável, o Júri Abraccine concede o Prêmio da Crítica de melhor curta-metragem a  A Outra Margem, de Nathália Tereza

 

Por construir através de imagens potentes o ressentimento e a obsessao de seu protagonista e pela construcao de uma crescente tensao dentro de cada plano do filme, o Júri Abraccine concede o Prêmio da Crítica de melhor longa-metragem a Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba

O repórter viajou a convite da organização do Festival de Brasília.

Últimas notícias