Em 2014, o ator e militante da extrema-direita nas redes sociais, Alexandre Frota, travou batalha judicial com o Plano de Saúde Bradesco para conseguir o implementar uma prótese peniana, porém, esse caso foi mantido em segredo de justiça até o último 31 de outubro, quando se tornou público por uma decisão judicial.
Segundo relato no processo, quando entrou com a ação, ele foi ao consultório médico queixando-se de dor extrema na região peniana próxima ao escroto (região penescrotal).
Em consulta, relatou “dificuldades extremas em obter uma ereção peniana satisfatória, que permitisse ao mesmo a realização do ato sexual”. Alexandre foi diagnosticado pelo Dr. Carlos Augusto Cruz de Araújo Pinto como portador de disfunção erétil. De acordo com petição do advogado, “Frota foi submetido a tratamentos injetáveis com medicamentos que induzem a ereção e, mesmo assim, a resposta não foi suficiente e o paciente continuou sem obter ereção satisfatória”.
A defesa de Frota apontou probabilidade de riscos no caso de o tratamento solicitado não ser realizado: “Este tipo de patologia é progressiva, e este indivíduo evolui de forma gradativa para um quadro de disfunção erétil severa. Neste estágio da doença, os riscos de perda total da ereção são altíssimos e, caso o paciente não se submeta a procedimento cirúrgico para a reversão do quadro, o mesmo pode atingir um estágio que impossibilite inclusive a solução cirúrgica aqui solicitada”.
O advogado ainda defendeu a parte emocional do seu cliente: “A incapacidade de obter ereção necessária vem o abalando, uma vez que sempre teve vida sexual ativa com a sua parceira”, e ainda completou com a ênfase na urgência dizendo “o quadro deste paciente é extremamente grave e necessita de intervenção cirúrgica URGENTE, pois seu quadro também é progressivo e a demora na execução do tratamento indicado pode acarretar em atrofia peniana severa, comprometendo de uma vez por todas a sua capacidade de obter ereção.”
Frota foi à justiça pois o plano de saúde só se propôs a pagar uma prótese não inflável. Mas, de acordo com a petição, este modelo “além de não restabelecer as funções físicas de forma satisfatória, pois não atinge o mesmo nível de ereção e espessura de uma prótese inflável de 3 volumes, causa inibição e constrangimento ao paciente, pois o pênis permanecerá sempre em posição de ereção, o que pode provocar constrangimentos psicológicos em locais de convívio social como praias, piscinas, saunas e tem restrições à prática de exercícios físicos, muitas vezes necessários por recomendação médica, ou pode se afastar do convívio familiar por constrangimento, como por exemplo, receio que uma criança da família possa perceber o implante não inflável perante os demais membros da família."