Pokémon Go no trabalho pode causar demissão por justa causa

Profissional pode ser desligado por queda de produtividade, insubordinação e vazamento de dados confidenciais
JC Online
Publicado em 06/08/2016 às 23:02
Foto: Foto: Internet/reprodução


O alvoroço é grande e não se fala em outra coisa. Desde o lançamento de Pokémon Go no Brasil na última quarta-feira (3), o jogo tem conquistado vários fãs, apostando na nostalgia do desenho animado e na tecnologia de realidade aumentada. Mas antes de sair de casa com a ideia de se tornar um mestre Pokemón, vale lembrar: o ambiente de trabalho não é o mais adequado para a brincadeira, que pode inclusive se tornar motivo de advertências e até demissão por justa causa se o funcionário não respeitar as normas da organização. 

Inicialmente, o game pode ser experimentado livremente nos intervalos do profissional, como horário de almoço e descanso, desde que se atente ao regulamento interno. Caso contrário, a postura resistente às normas proibitivas do jogo poderão ser caracterizadas como insubordinação.

“Como acontece com qualquer tecnologia, o funcionário deve prestar atenção ao que a corporação determina como regra. De toda forma, não é de bom tom jogar no espaço da empresa”, explica o advogado do escritório Aith Advocacia, Renato Falchet Guará. Assim, mesmo nos intervalos, o profissional que quiser capturar os bichinhos deve procurar nos arredores, e não dentro da empresa. 

Também é necessário ficar de olho na produtividade e não pensar demais em Pokemón Go durante o expediente. “Muitas empresas estão se queixando de funcionários perdendo produtividade, pois estão usando o aplicativo durante o horário de trabalho, seja em escritórios, seja em ambientes fabris ou até mesmo na rua, para aqueles que trabalham em funções externas. Esses trabalhadores podem ser punidos, porque a própria CLT prevê que a queda do desempenho do empregado poderá gerar demissões”, explica o também advogado do escritório Aith, Rafael Colônia. 

VAZAMENTO DE DADOS

Ao conectar o aplicativo, o usuário pode jogar tanto através de um mapa quanto pela sua própria câmera, enxergando claramente os lugares por onde passa. Por isso, apesar de o jogo não necessariamente salvar as imagens dos espaços observados, caso o aplicativo seja acessado dentro da empresa e dados sigilosos acabarem vazando, a corporação pode demitir seu trabalhador. O motivo seria o desrespeito à propriedade intelectual. 

“O que geralmente acontece é que o trabalhador acessa o jogo dentro da empresa, encontra um Pokémon em um lugar inusitado e posta nas redes sociais, gerando o vazamento”, diz Renato. 

Veja galeria de fotos com memes do lançamento de Pokémon Go no Brasil:

Foto: Internet/reprodução
Pokemon Go foi lançado na quarta (3) e já soma milhares de memes. - Foto: Internet/reprodução
Foto: Twitter/reprodução
Na foto, um time de Rugby tenta agarrar o Pokemon Bubassauro - Foto: Twitter/reprodução
Foto: Internet/reprodução
Devido ao elevado índice de desemprego, a busca por um trabalho virou tema de brincadeira no jogo - Foto: Internet/reprodução
Foto: Internet/reprodução
Nem o Cristo Redentor escapou de virar meme quando usuários localizaram pokemóns no monumento - Foto: Internet/reprodução
Foto: Internet/reprodução
Internauta mostra que Pokemon Magikarp apareceu justamente em sua frigideira - Foto: Internet/reprodução
Foto: Internet/reprodução
Outra brincadeira foi com as localidades brasileiras, como esta, que simula Pokemóns gaúchos - Foto: Internet/reprodução
Foto: Internet/reprodução
O jogo só pode ser acessado pelo android ou IOS, deixando usuários de Windows Phone de fora - Foto: Internet/reprodução
TAGS
Pokémon Go mercado de trabalho emprego demissão por justa causa produtividade
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory