Banco Mundial reduz previsões de crescimento da China

O país poderá registrar neste ano seu crescimento mais baixo em vários anos
Da AFP
Publicado em 13/04/2015 às 16:10
O país poderá registrar neste ano seu crescimento mais baixo em vários anos Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O Banco Mundial (BM) voltou a reduzir nesta segunda-feira (13) suas previsões de crescimento para a China e o sudeste asiático em 2015, em um contexto de desaceleração econômica do gigante asiático.

Após um crescimento de 7,4% em 2014, a economia da China -a segunda maior do mundo, depois dos Estados Unidos- deve crescer 7,1% neste ano, segundo o BM, que em suas previsões anteriores, de outubro, apostava em um aumento de 7,2% do PIB chinês.

Os países em desenvolvimento do sudeste asiático terão um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 6,7%, contra os 7,1% das previsões abril de 2014 e 6,9% em outubro, completa o Banco Mundial em um relatório atualizado.

"Apesar a uma pequena redução de seu crescimento, o sudeste da Ásia representará ainda uma terceira parte do crescimento mundial, equivalente ao dobro da contribuição total de todas as demais regiões em desenvolvimento", destacou Axel van Trotsenburg, vice-presidente no Banco Mundial para a região do leste da Ásia e Pacífico.

 

Especialistas: crescimento menor que 7%

Segundo um painel de analistas consultados nesta segunda-feira pela AFP, o crescimento da economia chinesa se desacelera com força no primeiro trimestre do ano e pode ser inclusive menor do que 7% nesse período e em todo 2015.

No contexto de queda dos intercâmbios comerciais, fraco consumo interno e esfriamento do setor imobiliário, o crescimento do PIB da China entre janeiro e março de 2015 seria de 6,9% em termos anuais, segundo a previsão média desse painel de 15 especialistas.

O crescimento do PIB neste primeiro trimestre, que será revelado nesta quarta-feira, ficará abaixo dos +7,3% registrados no trimestre anterior.

O crescimento da China em todo 2014 (+7,4%) representa é o mais baixo em vinte e cinco anos. Nos últimos anos o PIB chinês avançou anualmente quase a um ritmo de dois dígitos.

Para o conjunto de 2015, o painel de analistas interrogado pela AFP espera um crescimento de 6,8%. Há dois meses, os mesmos especialistas estimavam um crescimento do PIB de 7% para este ano.

As exportações da China sofreram uma forte queda em março, com um retrocesso de quase 15% em um ano, acompanhadas também por uma queda das suas importações, reflexo em parte do fraco consumo interno.

Também há houve um recuo no setor imobiliário, depois de anos de hiperatividade: os preços das moradias novas voltaram a cair em fevereiro e março, após uma pequena alta em janeiro.

O país poderá registrar neste ano seu crescimento mais baixo em vários anos. Pequim afirma que isso se justifica por uma mudança na economia, a fim de "reequilibrá-la e melhorar a gama de suas exportações".

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