O governo grego reconheceu que ainda há diferenças entre Atenas e seus credores, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, mas afirmou que deseja trabalhar sobre os desacordos e intensificar as negociações.
"A delegação grega, tal como já foi acertado, está disposta a intensificar suas consultas para conseguir um acordo nas próximas 24 horas", afirmou o porta-voz do governo Gabriel Sakellaridis.
Mais cedo, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras evocou divergências que ainda precisam ser resolvidas com seus credores, após uma reunião de duas horas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas.
"Estamos trabalhando para resolver as divergências que persistem, em particular sobre o plano orçamentário e financeiro, e a fim de garantir uma recuperação da Grécia com coesão social e uma dívida pública sustentável", afirmou Tsipras após esta reunião.
O Adedy, sindicato dos funcionários públicos gregos, e a Pame, coalizão de sindicatos próximos ao partido comunista KKE, convocaram manifestações nesta quinta-feira em Atenas contra as possíveis medidas de ajuste que o governo e seus credores.
Os sindicatos temem que o governo de esquerda radical do primeiro-ministro Alexis Tsipras adote novas medidas de ajuste para conseguir sair da situação de bloqueio financeiro e obter o último pacote de empréstimos internacionais para o país, que sofre com a falta de liquidez.
O Adedy convocou protestos para o início da noite diante da Universidade de Atenas, enquanto a Pame convocou uma manifestação na praça Sintagma.
"O governo não leva em consideração as necessidades reais dos trabalhadores, dos desempregados e dos aposentados nas propostas formuladas nas negociações", afirma o Adedy em um comunicado.
Os dois programas de ajuste anteriores, que significaram importantes cortes de salários e pensões, provocaram manifestações violentas em 2010 e 2012, nas quais o atual partido no poder, o Syriza, teve um papel importante.