Grécia quer trabalhar as divergências e intensificar negociações com credores

Mais cedo, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras evocou divergências que ainda precisam ser resolvidas com seus credores
Da AFP
Publicado em 11/06/2015 às 14:37
Mais cedo, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras evocou divergências que ainda precisam ser resolvidas com seus credores Foto: Foto: ARIS MESSINIS / AFP


O governo grego reconheceu que ainda há diferenças entre Atenas e seus credores, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, mas afirmou que deseja trabalhar sobre os desacordos e intensificar as negociações.

"A delegação grega, tal como já foi acertado, está disposta a intensificar suas consultas para conseguir um acordo nas próximas 24 horas", afirmou o porta-voz do governo Gabriel Sakellaridis.

Mais cedo, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras evocou divergências que ainda precisam ser resolvidas com seus credores, após uma reunião de duas horas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas.

"Estamos trabalhando para resolver as divergências que persistem, em particular sobre o plano orçamentário e financeiro, e a fim de garantir uma recuperação da Grécia com coesão social e uma dívida pública sustentável", afirmou Tsipras após esta reunião.

O Adedy, sindicato dos funcionários públicos gregos, e a Pame, coalizão de sindicatos próximos ao partido comunista KKE, convocaram manifestações nesta quinta-feira em Atenas contra as possíveis medidas de ajuste que o governo e seus credores.

Os sindicatos temem que o governo de esquerda radical do primeiro-ministro Alexis Tsipras adote novas medidas de ajuste para conseguir sair da situação de bloqueio financeiro e obter o último pacote de empréstimos internacionais para o país, que sofre com a falta de liquidez. 

O Adedy convocou protestos para o início da noite diante da Universidade de Atenas, enquanto a Pame convocou uma manifestação na praça Sintagma. 

"O governo não leva em consideração as necessidades reais dos trabalhadores, dos desempregados e dos aposentados nas propostas formuladas nas negociações", afirma o Adedy em um comunicado. 

Os dois programas de ajuste anteriores, que significaram importantes cortes de salários e pensões, provocaram manifestações violentas em 2010 e 2012, nas quais o atual partido no poder, o Syriza, teve um papel importante.

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