As promessas de campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estão interferindo nos negócios de empresas norte-americanas. Durante a campanha, Trump prometeu punir empresas que instalam projetos em outros países, em vez de ficar nos Estados Unidos.
Agora, faltando duas semanas para a posse do novo presidente dos EUA, a Ford anunciou que desistiu de construir uma nova fábrica no México, no valor de US$ 1,6 bilhão de dólares. Em vez disso, a Ford investirá US$ 700 milhões em uma fábrica em Michigan, nos Estados Unidos, para construir novos veículos elétricos e autônomos.
Trump também ameaçou nesta terça-feira (3) aplicar impostos sobre a General Motors, caso essa empresa continue a montar o modelo Chevy Cruze no México e enviá-lo para os Estados Unidos livre de tributos.
A ameaça de Trump sobre as montadoras Ford e General Motors está preocupando os estudiosos sobre liberdade empresarial e regulamentação de mercado. Muitos acreditam que as críticas feitas pelo presidente eleito ao México e também à China, durante a campanha, terão influência sobre os hábitos de consumo norte-americano.
Eles acreditam que as empresas de automóveis escolheram o México por causa da competitividade de preço do mercado mexicano em comparação ao mercado norte-americano. Agora, uma mudança de planos sobre o local da montagem de carros da Ford (e possivelmente da General Motors) terá impacto sobre o preço final dos produtos.
As montadoras, porém, não fazem declaração pública sobre os preços. Por enquanto, apenas elogiam Donald Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro. "Estamos animados pelos planos pró-crescimento que o presidente eleito Trump e o novo Congresso indicam que irão prosseguir", disse ontem (3) Mark Fields, presidente-executivo da Ford.