Ministro nega ação arquitetada para mercado de telecom

Após a palestra, Bernardo afirmou à imprensa que o tema consolidação é especialmente tratado por investidores financeiros
Da AE
Publicado em 26/06/2014 às 10:18


O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (26), que ele tem sido questionado por investidores sobre eventual consolidação do mercado de telecomunicações. O governo, porém, não tem se esforçado a favor disso, afirmou. "É evidente que se houver algum movimento de mercado, o governo e os órgãos encarregados vão tratar do assunto. Mas não há nenhuma ação sendo arquitetada ou planejada pelo governo para promover nenhuma consolidação no Brasil", disse a investidores britânicos.

Após a palestra sobre o 4G, um dos participantes questionou o ministro sobre eventual consolidação do mercado. "Temos quatro grandes empresas do setor e há uma competição acirrada. Tem gente dizendo que há empresas demais e que precisam consolidar o mercado. Nos perguntaram isso em Nova York e ontem aqui em Londres", disse Bernardo. Apesar da insistência das perguntas, o ministro respondeu que o governo não age para reduzir o número de empresas em operação.

Após a palestra, Bernardo afirmou à imprensa que o tema consolidação é especialmente tratado por investidores financeiros. "Há muita especulação no mercado. Corretoras e instituições financeiras querem participar de uma eventual operação para ganhar comissão. É claro e é normal. Essa é uma questão que está muito forte no mercado financeiro", disse.

O ministro comentou que a consolidação é defendida por operadoras que querem reduzir a competição, mas não é apoiada pelos consumidores. "Do lado das operadoras de telefonia móvel, eles gostariam que tivesse um a menos para ter mais rentabilidade. Mas é evidente que se você fizer uma pesquisa com os consumidores eles vão falar não", disse.

Questionado sobre a possibilidade de uma das quatro operadoras de telefonia móvel ser adquirida por uma nova companhia - o que manteria a competição entre quatro operadoras, Bernardo não descartou a hipótese. "É possível que alguém compre uma empresa. Nos Estados Unidos, nos sondaram sobre isso. Mas não temos condição de especular sobre isso. Isso só dá confusão", disse.

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