Mercado prevê dólar a R$ 2,53 no fim do ano, informa Banco Central

BC realizará operações de swap cambial, usadas para conter a alta do dólar e oferecer proteção às empresas e bancos
Da Agência Brasil
Publicado em 17/11/2014 às 10:12
BC realizará operações de swap cambial, usadas para conter a alta do dólar e oferecer proteção às empresas e bancos Foto: Foto: Agência Brasil


O mercado financeiro elevou pela terceira vez a estimativa de fechamento da taxa de câmbio para 2014. No boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC), analistas e investidores preveem que o dólar encerrará o ano valendo R$ 2,53. Na sexta-feira (14), a moeda norte-americana fechou acima de R$ 2,60 pela primeira vez desde 2005. Ainda esta manhã, o BC realizará operações de swap cambial, usadas para conter a alta do dólar e oferecer proteção (hedge) às empresas e bancos.

O boletim Focus também traz redução, pela quinta vez consecutiva, da previsão de saldo da balança comercial para este ano. A estimativa caiu de superávit (exportações maiores que importações) de US$ 1 bilhão para saldo positivo de US$ 400 milhões. Foi ampliada, ainda, a previsão de queda da produção industrial, de 2,21% para 2,30%.

Com relação à Selic, taxa básica de juros da economia, analistas continuam estimando fechamento em 11,5%. Na penúltima reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic de 11% para 11,25% ao ano, como forma de controlar a inflação. Já a projeção da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 6,39% para 6,40%. Quanto ao crescimento da economia, a projeção, que estava em 0,2%, foi para 0,21%.

A dívida líquida do setor público ficou estimada em 35,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, contra 35,2% na semana passada. No setor externo, a previsão de déficit em conta corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, ficou estável, em US$ 82 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos (IED) estimados deverão permanecer em US$ 60 bilhões. Os preços administrados, regulados pelo governo, deverão ser reajustados em 5,3% .

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