Inflação volta a encostar na meta na pesquisa Focus

IPCA de 2014 passou de 6,40% para 6,43%. Há um mês, a taxa estava em 6,45%
Giovanna Torreão
Publicado em 24/11/2014 às 9:00
IPCA de 2014 passou de 6,40% para 6,43%. Há um mês, a taxa estava em 6,45%. Foto: Foto: Reprodução/Internet


As projeções para a inflação deste ano cada vez mais se consolidam perto do teto da meta de 6,50%, ultrapassando-o em alguns casos. De acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central, a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 passou de 6,40% para 6,43%. Há um mês, a taxa estava em 6,45%. Para 2015, a mediana das previsões foi alterada de 6,40% para 6,45% ante 6,30% de quatro semanas atrás.

No caso das expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente, o ajuste foi de 6,44% para 6,55% - há um mês, estava em 6,37%. No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as projeções, a previsão para o IPCA deste ano foi ampliada de 6,50% para 6,51%, também rompendo o teto da meta. Um mês antes, estava em 6,49%. Para 2015, esse mesmo grupo reduziu a mediana das estimativas, que passou de 6,50% para 6 40%. Quatro semanas atrás, a mediana das previsões para o IPCA do ano que vem estava em 6,38%.

Para o curto prazo, mesmo com a boa nova do IPCA-15 deste mês, que veio abaixo das previsões feitas pelos analistas do mercado financeiro, a taxa para novembro se manteve em 0,60%. Já a de dezembro foi alterada de 0,69% para 0,73%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,58% e 0,66%.

Câmbio 

A escalada do dólar nas mesas de operações foi transferida para a pesquisa Focus. A mediana das estimativas para o fim de dezembro de 2014 passou de R$ 2,53 para R$ 2,55 - há um mês, estava em R$ 2,40. Já para 2015, a cotação subiu de R$ 2,61 para R$ 2,65 de uma semana para outra - um mês antes estava em R$ 2 50.

Apesar das mudanças, a projeção mediana para o câmbio médio deste ano permaneceu em R$ 2,35 como no levantamento anterior, nível levemente maior do que a cotação apontada um mês antes, de R$ 2,33. Para o ano que vem, a mediana do dólar médio aumentou de R$ 2,58 para R$ 2,60. No levantamento de um mês atrás estava em R$ 2,48.

 

Superávit comercial

A previsão de saldo da balança comercial voltou a cair drasticamente na Focus e praticamente ficou zerado. De acordo com a pesquisa, a mediana das estimativas para este ano passou US$ 400 milhões para US$ 100 milhões de uma semana para outra. Há um mês, a perspectiva era de um superávit de US$ 2,10 bilhões.

No caso de 2015, o resultado positivo projetado pelos participantes ficou inalterado em US$ 6,50 bilhões. Um mês atrás a projeção era de um saldo positivo de US$ 7,21 bilhões em 2015.

O mercado financeiro aumentou a mediana das projeções para déficit em conta corrente de US$ 82,00 bilhões para 2014 para US$ 83 bilhões. Um mês atrás, a mediana das estimativas era de US$ 81,5 bilhões. Para 2015, a mediana das estimativas passou do patamar negativo de US$ 76,00 bilhões para US$ 77 bilhões no levantamento de hoje. Há quatro semanas estava em US$ 75 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir o rombo, já que a mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 60,00 bilhões há 33 semanas para 2014. Para 2015, a mediana foi mantida em US$ 58,00 bilhões. Um mês antes estava em US$ 60 bilhões.

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