A balança comercial – diferença entre exportações e importações – começou 2015 no negativo. Até 9 de janeiro, o país importou US$ 983 milhões a mais do que exportou, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações somaram US$ 3,854 bilhões, com queda de 11,8% pela média diária na comparação com o mesmo período de 2013. A queda foi puxada pelos manufaturados, cujas vendas caíram 33,2%, motivada principalmente pelos tubos de ferro fundido, automóveis e motores para veículos.
As vendas de produtos básicos recuaram 2,5%, puxada pelo minério de ferro, carne e arroz em grão. O único tipo de produto com aumento nas exportações nos primeiros dias do ano foram os semimanufaturados, cujas receitas cresceram 12,4% por causa do óleo de dendê, ouro em forma semimanufaturada e aço.
As importações também caíram nos primeiros dias de 2015. Até o dia 9, o país comprou US$ 4,837 milhões do exterior, retração de 11,7% pela média diária. As maiores reduções ocorreram na importação de combustíveis e de lubrificantes (-51,8%), adubos e fertilizantes (-28,4%) e veículos automóveis e partes (-23,7%).
O déficit comercial representa uma continuidade em relação ao registrado no ano passado. Em 2014, a balança registrou déficit de US$ 3,7 bilhões, o primeiro resultado negativo desde 2000 (US$ 520 milhões) e o pior desde 1998 (US$ 6,112 bilhões).