O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira (10) que o governo estuda criar uma linha de crédito para incentivar a microgeração de energia.
Ou seja, fazer com que consumidores de pequeno porte, como comércios ou residências em área urbana e rural, possam instalar máquinas próprias para produzir eletricidade.
O objetivo é tornar mais acessível a compra de placas solares (ou biodigestores, no caso da área rural), o conversor que transforma a energia de baixa tensão em alta tensão e de o leitor digital, que mede toda a transferência de energia.
Para o consumidor, a vantagem de investir nesse tipo de geração está em reduzir o consumo de energia tradicional, o que diminui, por consequência, a conta de luz.
Além disso, caso a geração na residência ou comércio seja superior a consumida naquele mês, as sobras poderão ser vendidas para a distribuidora local, fazendo com que haja mais energia disponível na rede e uma remuneração para o consumidor.
Para o governo, a vantagem é que mais energia estará disponível para o sistema.
Apesar da regulamentação da microgeração já existir, o preço dos equipamentos ainda é o principal fator que impede os consumidores de adotar esse tipo de solução, por isso surgiu a proposta para financiamento do modelo, que ainda não está fechado com os futuros bancos envolvidos.
ICMS
Ao mesmo tempo que o governo quer tornar o modelo da microgeração mais atrativo, também está em estudo uma saída para impedir que os estados queiram cobrar ICMS sobre ele.
Segundo Rufino, não pode haver imposto sobre a geração de energia feita pelo consumidor. Alguns estados, porém, entendem diferente. Por isso, ainda é preciso equacionar esse ponto.
Rufino destacou que o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) já vem discutindo o assunto.