FGV volta a indicar queda no ritmo de inflação

Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram redução no ritmo de aumento, mas o que mais contribuiu para diminuir o impacto inflacionário foi habitação
Da Agência Brasil
Publicado em 16/04/2015 às 10:03
Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram redução no ritmo de aumento, mas o que mais contribuiu para diminuir o impacto inflacionário foi habitação Foto: Foto: Agência Brasil


O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,93%, na segunda prévia de abril (encerrada em 15 de abril), taxa 0,29% menor do que a registrada na apuração anterior (fechada em 7 de abril), quando os preços subiram em média 1,22%.

O IPC-S, que constitui levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), permite verificar com agilidade mudanças de curso na trajetória dos preços: leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas, período iniciado em 16 de março e e encerrado em 15 de abril.

Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram redução no ritmo de aumento: o que mais contribuiu para diminuir o impacto inflacionário foi habitação, com alta de 2,08%. Na apuração anterior, esta classe de despesas apresentou elevação de 3,31%. Do grupo habitação, o item que mais contribuiu para a redução do ritmo de crescimento da taxa foi a tarifa de eletricidade residencial, que passou de 17,44% para 10,02%.

No grupo alimentação, o índice variou 0,97%, abaixo do registrado na primeira prévia do mês (1,05%). Em transportes, houve alta de 0,19%, menor do que no último levantamento (0,31%). E, em despesas diversas, a taxa ficou em 0,57%, também abaixo da medição passada (0,70%).

Houve queda  acentuada em comunicação que passou de -0,01% para -0,07%. Foi registrado ainda um recuo de 0,26%,em vestuário, mas essa baixa foi menos intensa do que a verificada na última pesquisa, quando os artigos deste segmento ficaram 0,51% mais baratos.

Nos grupos restantes, ocorreram avanços: educação, leitura e recreação (de -0,24% para 0,27%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,72% para 0,91%).

Os cinco itens que mais pressionaram o IPC-S foram: tarifa de eletricidade residencial (10,02%); condomínio residencial (2,23%); refeições em bares e restaurantes (0,81%); leite tipo longa vida (5,51%) e aluguel residencial (0,72%). Entre os que mais colaboraram para frear a alta média dos preços estão os seguintes: batata-inglesa (-10,61%); automóvel usado (-0,88%); tarifa de telefone residencial (-0,71%); massas preparadas e congeladas (-2,35%) e cenoura (-8,45%).

O IPC-S baseia-se em um sistema de coleta quadrissemanal, com encerramento em quatro datas pré-estabelecidas (07, 15, 22 e 31). Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento, nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.

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