Agência mantém nota de crédito da Petrobras com perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) manteve o rating "BBB-" e a perspectiva negativa, dizendo que sua perspectiva continua a refletir desafios da petroleira em seu desendividamento
Da Folhapress
Publicado em 14/07/2015 às 20:58
A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) manteve o rating "BBB-" e a perspectiva negativa, dizendo que sua perspectiva continua a refletir desafios da petroleira em seu desendividamento Foto: Foto: Yasuyoshi/ AFP


A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) manteve o rating "BBB-" e a perspectiva negativa para a Petrobras, dizendo que sua perspectiva continua a refletir desafios da petroleira em seu desendividamento.

Em nota enviada nesta terça-feira (14), a S&P ponderou que o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 da Petrobras, publicado recentemente, foca em redução de alavancagem ao invés de aumento da curva de produção, que era o mais importante no passado.

Os ratings da Petrobras, segundo a S&P, continuam a refletir uma probabilidade "muito alta" de o governo fornecer suporte em tempo hábil e suficiente no caso de uma crise.

Isso porque a Petrobras é "muito importante" para o Brasil e um eventual default poderia ter um impacto sistêmico para a economia brasileira.

"[O governo] é um acionista forte e estável com a capacidade de influenciar no plano estratégico e de negócios da empresa", afirmou a agência de classificação de risco.

A S&P ponderou que a Petrobras está melhorando seus padrões de governança corporativa, com a contratação de um diretor de risco e conformidade e a eleição de um Conselho de Administração com um perfil mais voltado para o mercado.

Entretanto, frisou que ainda precisa de mais elementos para que possa rever sua avaliação sobre gerenciamento e governança da companhia para "justa" da atual "fraca".

"Além disso, embora a Petrobras esteja se recuperando gradualmente no seu acesso aos mercados de dívida e restaurando a confiança dos investidores, ainda está sujeita a passivos contingentes das ações coletivas movidas contra a empresa nos Estados Unidos", afirmou a S&P.

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