Veja 26 dicas de planejamento financeiro para chegar bem à terceira idade

Percentual de inadimplentes acima dos 61 anos subiu de 11,8%, em abril, para 12,2%, em maio
Da editoria de economia
Publicado em 14/07/2015 às 6:01
Planejamento financeiro eficaz Foto: JC Imagem


O percentual de inadimplentes acima dos 61 anos subiu de 11,8%, em abril, para 12,2%, em maio. O dado foi divulgado ontem pela Serasa Experian. Foi o crescimento do volume de consignados um dos fatores que impulsionaram o aumento, segundo os economistas da instituição. Como esse tipo de crédito oferece menos risco ao banco, ele é mais fácil de ser concedido. Por isso, em momentos de alta da inflação e aumento do desemprego, muitas famílias recorrem ao consignado.

Confira 26 dicas para fazer seu planejamento: 

1. Não se contente com menos - Sempre ouvimos que a vida de aposentado não é fácil, quando o assunto é privações de consumo. Mas esse rótulo traz certo conformismo, que deve ser colocado de lado: conseguir estabilidade financeira com qualidade de vida é possível e depende mais de você do que você imagina.

2. Não dependa apenas do INSS – Com a tendência de aumento da expectativa de vida do brasileiro e outros problemas relacionados ao cenário econômico do País, fica mais arriscado contar apenas com a previdência social para manter uma aposentadoria tranquila e independente.

3. Pague o INSS mesmo quando estiver sem trabalho ou na informalidade – Não deixe “buracos” na sua contribuição. O tempo sem pagar retarda a conquista de sua aposentadoria formal. 

4. Poupar é possível – Guardar dinheiro não está necessariamente relacionado com sobras no orçamento, e sim com um projeto maior – como a aposentadoria –, que nos obriga a cortar gastos para conseguir os recursos mensais voltados ao investimento. Cada orçamento – por menor que seja –, tem gorduras que podem ser cortadas: gastos com automóveis, roupas, sapatos, eletrônicos, tratamentos de beleza, terceirização de serviços domésticos, alimentação, etc. Em algum ponto você vai descobrir que dá para fazer cortes em prol de uma aposentadoria tranquila.

5. Comece a poupar o quanto antes – Pode parecer uma receita batida, mas poupar desde os primeiro anos da vida produtiva é o caminho mais saudável e menos acidentado para conquistar liberdade financeira na fase madura. E também garante aposentadoria precoce, com mais tempo para curtir a vida. O jovem trabalhador deve poupar 10% do que ganha. Ao longo da vida produtiva esse valor pode chegar a 20%. 

6. Entre 80 e 100% de renda sobre o último salário – Quanto mais próximo o valor da aposentadoria do último salário recebido durante a fase produtiva, menos cortes e revisões de despesas serão necessários para manter o mesmo padrão de vida. Portanto, os cálculos para planejar quando e como se aposentar devem considerar essa estimativa.

7. Nunca é cedo, mas também nunca é tarde – Sem dúvida, quanto mais cedo o planejamento financeiro envolver uma poupança para o futuro mais fácil será economizar e maior a renda para a aposentadoria. Mas o fato de não ter começado cedo não extingui planos de proventos extras. Para isso, será necessário economizar mais e por mais tempo, o que pode implicar em manter uma atividade profissional mesmo depois de ter obtido a aposentadoria formal.

8. Busque algo motivador para seguir trabalhando – Um sonho profissional que ficou para traz pode ser resgatado nessa etapa da vida para motivar quem precisa adiar a aposentadoria. Iniciar uma segunda carreira ou empreender deve estar nos planos de pessoas acima dos 45 anos e que precisam complementar a renda para o futuro. Há também pessoas que amam o que fazem. Nesse caso, se as condições são favoráveis, por que parar? O importante é saber que, nessa fase da vida, sua vontade deve suplantar as inúmeras demandas sociais e familiares. É você no comando. 

9. Calcular as despesas que a aposentadoria deve contemplar – Além dos custos fixos com moradia, alimentação, água, luz, gás, despesas médicas e impostos, devem estar contemplados na renda da aposentadoria gastos com lazer e com demais atividades que promovam qualidade de vida, como um curso de artes ou de idiomas, dependendo do interesse de cada um. 

10. Mais gastos com saúde – Quem segue com o plano de saúde coletivo da empresa depois de se aposentar deve estar preparado para pagar o valor integral, pois os subsídios oferecidos pela empresa são retirados, encarecendo a mensalidade. Além disso, a tendência é que pessoas com mais idade consumam mais medicamentos continuamente. Ambas as situações requerem um planejamento prévio.

11. Caixa para eventos inesperados – Uma vez aposentado, é ideal que se mantenha um dinheiro separado para eventualidades que não estejam previstas no orçamento mensal. E nem sempre as eventualidades traduzem despesas derivadas de episódios tristes. Um convite para uma viagem de última hora ou a troca de um carro também podem encontrar recursos no caixa voltado aos eventos inesperados.

Investimentos

12. Escolha o investimento que mais se adapta as suas necessidades – Previdência privada, fundos de investimentos, poupança... São várias as opções de mercado para quem quer guardar dinheiro para um futuro tranquilo. Procure um consultor financeiro ou o gerente do banco para se aconselhar e decidir pelos melhores caminhos.

13. Pesquise sobre a instituição financeira que irá aportar seu dinheiro – Antes de assinar um contrato, procure o máximo de informações sobre a solidez e confiança da instituição.

14. Plano de previdência da empresa: nem sempre é indicado – É necessário analisar os benefícios e a solidez do plano de previdência oferecido pela empresa e comparar com a rentabilidade das diversas modalidades de aplicações do mercado financeiro. 

15. Imposto de renda – É importante analisar a declaração de imposto de renda antes de se decidir por um plano de previdência. Os impostos que incidirão sobre o plano dependem do tipo de declaração que é apresentado à Receita Federal.

16. Monitore os investimentos – O futuro aposentado deve acompanhar os investimentos de longo prazo feitos com fins de acumulação para a aposentadoria. As regras do mercado econômico estão sempre mudando e o que hoje é um bom investimento amanhã pode não ser mais. O investidor deve buscar aplicações com maior rentabilidade, de acordo com o cenário da economia e seu perfil de risco.

17. Correções de acordo com a inflação – É recomendável ficar atento e providenciar correções no valor acumulado para a aposentadoria de acordo com a inflação, caso o tipo de investimento não contemple. A longo prazo, a inflação pode corroer boa parte do montante poupado. Taxas e impostos que incidem sobre o investimento escolhido também devem ser incluídos no cálculo.

18. Nem todos os ovos na mesma cesta – Esta é uma regra básica dos especialistas em finanças pessoais: o poupador precisa diversificar seus investimentos para minimizar as chances de perdas. Caso a empresa que detém um plano de previdência oferecido aos funcionários quebre, por exemplo, provavelmente o dinheiro lá aportado estará perdido. Por isso vale a pena diversificar.

19. Não use o dinheiro poupado para outros fins – Os recursos reservados para a aposentadoria são sagrados. Na maioria dos casos, é uma ilusão pensar que trata-se apenas de um saque temporário e que será reposto.

Aposentadoria em risco: filhos e outros parentes

20. Não comprometa seus investimentos para a aposentadoria pagando dívidas de filhos/parentes – Retiradas da poupança para outros fins, mesmo que esses fins sejam nobres, como ajudar um filho a sair de uma situação financeira difícil, não são a melhor saída. E por dois motivos: pagar essa conta, além de comprometer sua aposentadoria, não vai ensiná-lo a ter responsabilidade financeira e corre-se o risco de a situação tornar-se recorrente até a “fonte” esgotar.

21. Não arque com despesas de parentes adultos – Uma pesquisa norte-americana comprova o que já notamos no dia a dia: o número de famílias sustentadas com recursos dos mais velhos da casa está aumentando. Esse hábito compromete a qualidade de vida do aposentado – que, obviamente, fica com menos recursos para se manter – e ainda pode criar uma geração de pessoas acomodadas, que demoram a ingressar no mercado de trabalho ou – pior – gastam mais do que podem, contando com a “ajuda” de pais/avós. 

22. Diga “não” e não sinta culpa – Ao negar ajuda financeira aos filhos e outros parentes para não dilapidar os proventos da aposentadoria, o aposentado está preservando seus recursos para que, no futuro próximo, não onere sua própria família com suas necessidades de consumo. E ainda contribui com a educação financeira das gerações subsequentes.

23. Se não tiver jeito, prefira emprestar a doar – Diante de uma urgência, como uma doença ou outro infortúnio envolvendo um parente próximo, ficará difícil negar ajuda. Mas mesmo em casos extremos, prefira emprestar o dinheiro ao invés de doá-lo. 

24. Consignado? – Como os juros dos empréstimos consignados são mais baixos porque o risco para o credor é menor, uma vez que o pagamento é extraído diretamente do benefício, é comum que a família pressione o aposentado a utilizá-lo, mas, em grande parte das vezes, não será ele o beneficiado com o dinheiro. Por isso, é importante estar ciente da ação e, se realmente for preciso apelar ao consignado, mais uma vez, deixar claro que trata-se de um empréstimo que, como tal, deverá ser pago.

25. Ajude a encontrar saídas sem injetar dinheiro – A experiência dos mais velhos é fundamental para ajudar os filhos a encontrar uma saída para seus problemas financeiros. Mas prefira dar conselhos a dar dinheiro, deixando sempre claro quem é o responsável pelo problema. Não assuma dívidas que não são suas.

26. Você é merecedor – Tenha sempre em mente que seus recursos são fruto de anos de trabalho, dedicação e disciplina. Não se sinta culpado por fazer uma viagem enquanto um filho ou parente próximo atravessa problemas financeiros. Esse é seu momento de aproveitar a vida e a vez deles também chegará. 

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