O volume de vendas da indústria para o varejo no segmento de linha branca caiu 11% no Brasil no primeiro semestre deste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2014. Foram 7,4 milhões de fogões, lavadoras e refrigeradores vendidos, contra 8,3 milhões no ano passado. O balanço (dados prévios, ainda não auditados) foi apresentado nesta segunda-feira (20), em primeira mão, pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, na abertura da 10ª edição da feira Eletrolar Show, em São Paulo (SP).
A queda mais acentuada foi na venda de fogões (-18%), seguida de refrigeradores (-10%) e de lavadoras (-1%). A Eletrolar Show vai até quinta-feira (23), no Transamérica Expo Center. O evento é responsável por apresentar as novidades que estarão nas vitrines no final do ano.
De acordo com Kiçula, os negócios foram bastante impactados pela crise no período e tanto na indústria quanto varejo terão que correr atrás no segundo semestre para recuperar as perdas. Historicamente, os seis primeiros meses do ano são responsáveis por 40% das vendas, mas, em 2015, só conseguiu-se atingir 30%. “Acho que a bolsa de maldades deve ter chegado ao fim”, comenta o presidente sobre as expectativas para os próximos meses.
LINHA MARROM
A venda de TVs (linha marrom) teve uma retração bastante acentuada nos primeiros seis meses deste ano ante o mesmo período de 2014 (-39%). Foram 4,8 milhões de televisores contra 7,9 milhões no ano passado.
Kiçula, da Eletros, diz que o resultado negativo do período foi bastante influenciado pela alta das vendas durante a Copa do Mundo, em 2014. “Pode ser que haja uma recuperação”, diz, baseado no fato de ser um setor que se renova constantemente, com novos lançamentos periodicamente, além do hábito do brasileiro de substituir a TV antiga por uma nova.
ELETRO PORTÁTEIS
A linha de eletro portáteis também teve queda na comparação entre este primeiro semestre e o primeiro semestre de 2014 (-19%). O grupo abarca aspirador de pó, batedeira, cafeteira, espremedor de frutas, ferro de passar, liquidificador, forno, mixer, processador de alimentos, sanduicheira, secadormodelador, tostador e ventilador de mesa. Foram 20,6 milhões de unidades contra 25,6 milhões no ano passado.