A perda do grau de investimento do Brasil pela agência Moody's, após o corte de dois graus na nota de crédito do País, eleva a aversão ao risco no mercado local nesta quarta-feira, 24 O dólar se fortaleceu e voltou ao patamar de R$ 4,00. A fragilidade do petróleo e expectativas do depoimento do marqueteiro João Santana, preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato, também sustentam a busca por proteção. Às 9h19, o dólar à vista subia 0,97% e voltava ao patamar de R$ 4,00, cotado a R$ 4,0027 (+0,97%), depois de atingir máxima de R$ 4,0049 (+1,02%). No mercado futuro, o dólar para março avançava 1,02%, a R$ 4,0040.
A agência Moody's rebaixou o rating do Brasil de Baa3 para Ba2, com perspectiva negativa. Atribuiu o rebaixamento à perspectiva de mais deterioração nas métricas de crédito do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com a dívida do governo podendo superar 80% do Produto Interno Bruto (PIB) dentro de três anos.
Em relação à Lava Jato, Santana é o maior alvo das investigações pela denúncia de ter recebido valores ilegais, supostamente de desvios da Petrobras, durante as campanhas presidenciais do ex-presidente Lula em 2006 e de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.
Já o petróleo, que ontem caiu mais de 4% em Londres e Nova York, mantém a trajetória de queda, após uma pesquisa apontar novo aumento nos estoques dos EUA. Pesam ainda comentários desfavoráveis à queda de produção feitas por autoridades da Arábia Saudita e do Irã. Às 9h30, o petróleo para abril caía 1,10%, a US$ 30,76 em NY e 0,78%, a US$ 32,49 em Londres.