Nordeste tem queda menor nas vendas de motos no 1º tri, diz Abraciclo

Na apresentação dos resultados, o presidente da Abraciclo Marcos Fermanian, lamentou que o cenário político esteja atrapalhando o andamento dos negócios
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 07/04/2016 às 15:39
Na apresentação dos resultados, o presidente da Abraciclo Marcos Fermanian, lamentou que o cenário político esteja atrapalhando o andamento dos negócios Foto: JC Imagem


A região Nordeste, um dos principais mercados para o segmento de motos no Brasil, foi a que registrou a menor queda na venda do veículo no primeiro trimestre de 2016. Foram 95.774 unidades vendidas no período, retração de 18,1% em comparação com os primeiros três meses de 2015, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

A queda mais forte foi vista na região Sul, com recuo de 35,7% no primeiro trimestre, para 19.766 unidades. A região Centro-Oeste teve baixa de 35%, para 20.692 unidades. A região Norte, por sua vez, recuou 33,8%, para 27.950 unidades. E a região Sudeste, com 75.741 unidades vendidas, teve retração de 28%. O País registrou queda de 26,6%, para 239.923 unidades.

Na apresentação dos resultados, o presidente da Abraciclo Marcos Fermanian, lamentou que o cenário político esteja atrapalhando o andamento dos negócios, em razão das incertezas geradas, mas afirmou que as montadoras não estão de braços cruzados, realizando ações de marketing para estimular as vendas.

Financiamentos

A participação dos financiamentos no consumo de motos tem ficado cada vez menor, afirmou Fermanian. "Os pedidos de financiamento para a aquisição de motos caíram entre 40% e 50% nos últimos seis meses. A participação no total de compras, que já foi de 40%, hoje é de um terço", afirmou.

Apesar da queda na procura, o nível de aprovação dos bancos segue o mesmo, de duas aprovações para cada 10 pedidos, disse o presidente da Abraciclo. Segundo ele, a demanda por financiamentos vem caindo porque os consumidores, que geralmente parcelam suas compras em 36 meses, estão com mais medo de perder o emprego. "As pessoas não procuram o financiamento porque não sabem se estarão empregadas amanhã", explicou.

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