Instituições financeiras esperam que a taxa básica de juros, a Selic, seja mantida em 14,25% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para esta terça-feira (26) e quarta-feira (27). A previsão faz parte do boletim Focus, publicação divulgada no dia 18 de abril pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Mas para o final de 2016, a mediana das expectativas (desconsiderando os extremos das projeções) para a Selic passou de 13,38% para 13,25% ao ano. No fim de 2017, a expectativa para a taxa caiu de 12,25% para 12% ao ano.
A taxa básica é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o BC barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A estimativa das instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 7,08% para 6,98%, no sétimo ajuste seguido. Para 2017, estimativa caiu de 5,93% para 5,80%, na terceira queda consecutiva.
As projeções estão acima do centro da meta de 4,5%. A estimativa para 2016 ultrapassa também o teto da meta de inflação, que é 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.
A estimativa do mercado financeiro para a queda da economia este ano foi alterada pela 14ª vez consecutiva, ao passar de 3,80% para 3,88%. Para 2017, a expectativa de crescimento da economia (Produto Interno Bruto - PIB - a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) foi alterada de 0,20% para 0,30%.
A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 3,80 no fim de 2016, e em R$ 4, ao final do próximo ano.