IBC-BR de março é o menor desde janeiro de 2010

O recuo de março, apresentado nesta sexta-feira (13), pelo Banco Central, foi o 15º consecutivo
Estadão Conteúdo
Publicado em 13/05/2016 às 10:19
O recuo de março, apresentado nesta sexta-feira (13), pelo Banco Central, foi o 15º consecutivo Foto: Foto: Marcos Santos/USP Imagens


Ao atingir 134,35 pontos, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de março, conhecido como a "prévia do PIB", atingiu o pior resultado para todos os meses desde janeiro de 2010. Naquele momento, o dado ficou em 133,55 pontos.

O recuo de março, apresentado nesta sexta-feira (13), pelo Banco Central, foi o 15º consecutivo. O índice teve baixa de 0,36% ante fevereiro, com ajuste sazonal, quando estava em 134,84 pontos. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Acumulado do trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 1,44% no acumulado do primeiro trimestre, na comparação com o resultado dos três meses anteriores, pela série ajustada do Banco Central. Na comparação de janeiro a março com idêntico período de um ano antes, o resultado do índice foi de queda de 6,27% pela série observada. Já no acumulado de 12 meses até março, pelo dado sem ajuste, a queda é de 5,26%.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central do primeiro trimestre ante o trimestre anterior

ficou dentro das expectativas coletadas pelo AE Projeções com 23 instituições, com intervalo entre um recuo de 0,92% a 1,80%, mas pior que a mediana de baixa de 1,30%, na série ajustada sazonalmente. Em relação ao primeiro trimestre de 2015, sem ajuste, o dado também ficou dentro do intervalo das expectativas de 22 casas, que ia de retração de 5,70% a 6,50%, mas pior que a mediana projetada, de declínio de 6,10%.

Revisões tradicionais

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em fevereiro, o porcentual passou de -0,29% para -0,33%. Em janeiro, o porcentual passou de -0,68% para 0,67%. Em dezembro, o resultado foi alterado de -0,17% para -0,21%. Em novembro, o dado passou de -0,86% para -0,90. Em outubro, mudou de uma queda de 0,10% para baixa de 0,11%. Em setembro, a retração de 0,73% passou para uma queda de 0,76. Em agosto, a redução passou de 0,41% para 0,40%. A taxa de julho continuou em -0,39%.

Em junho, a taxa ficou mantida -0,78%, como o BC divulgou anteriormente. Em maio, o IBC-Br caiu -1,13%, como já havia sido apontado. Em abril, a taxa nova ficou em -0,82%, e não em -0,87%, como antes. Em março, a queda de 0,38% ficou no lugar da de -0,31%. Em fevereiro, a nova taxa é de -0,40%, e não mais de -0,43%. Em janeiro, o indicador atualizado é de -0,85% em substituição a -0,84%.

Metodologia

De acordo com o BC, a nova série, com metodologia alterada, incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referencia 2010, do IBGE. Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). "A despeito das modificações implementadas, as séries do IBC-Br antes e após as alterações descritas apresentam evolução similar".

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,5%. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,86%.

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