O exterior pressiona o dólar, que opera em forte queda ante o real nesta quarta-feira, 8. O dólar mostra fraqueza com o petróleo em alta e após a China revelar que as importações recuaram menos que o previsto em maio, o que dá fôlego a outras moedas ligadas à exportação de commodities. Às 9h35, o dólar à vista caía a R$ 3,3860 (-1,78%), e o dólar para julho recuava 1,60%, a R$ 3,4105.
Segundo um operador, o dólar ainda é orientado pela expectativa de fluxo cambial positivo com emissões privadas no exterior da Vale, que informou que a demanda pelos bônus 2021 foi de US$ 4,5 bilhões, e também da Cosan e Eldorado Brasil, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Na avaliação de João Paulo de Gracia Corrêa, superintendente regional de câmbio da SLW Corretora, também pressiona a moeda para baixo a percepção de que Ilan Goldfajn, futuro presidente do Banco Central, é menos propenso a intervenções no mercado cambial.
O cenário político conturbado, diz Corrêa, segue no radar. Em razão disso, ele "não descarta volatilidade" na sessão desta quarta. "Mas, por enquanto, prevalecem exterior e a visão diferente do novo presidente do BC."