Inadimplentes: 84% devem evitar novas dívidas após quitação

O resultado é superior aos que foram registrados no primeiro trimestre, de 76%, e no segundo trimestre do ano passado, de 79%
Estadão Conteúdo
Publicado em 08/07/2016 às 17:03
O resultado é superior aos que foram registrados no primeiro trimestre, de 76%, e no segundo trimestre do ano passado, de 79% Foto: Foto: Edmar Melo/ JC Imagem


Dos brasileiros que estão inadimplentes, 84% devem evitar fazer novas compras assim que quitarem suas dívidas, aponta a Pesquisa Perfil do Consumidor Inadimplente, feita pela Boa Vista SCPC com pessoas que procuraram o atendimento do serviço de proteção ao crédito no segundo trimestre. O resultado é superior aos que foram registrados no primeiro trimestre, de 76%, e no segundo trimestre do ano passado, de 79%.

Entre os que pretendem voltar às compras, o carro zero segue como a prioridade, sendo mencionado por 37% deles. A preferência pelo automóvel, no entanto, está menor. No primeiro trimestre, era de 46%. A opção pela casa própria foi na contramão e cresceu de 18% para 21%, ocupando a segunda posição na lista de desejos dos inadimplentes. Roupas e acessórios aparecem em terceiro, com 12%, acima dos 10% observados no começo do ano.

Segundo a pesquisa, os tipos de despesas que mais causaram a inadimplência são gastos com pagamentos de contas diversas, como educação e saúde, e compras de vestuário e calçados. Os dois grupos aparecem em 19% das respostas dos entrevistados. Na sequência estão os gastos com contas de concessionárias (água, luz e gás), com 17%. Despesas com alimentação e a aquisição de móveis e eletrodomésticos foram citados por 15% das pessoas.

Dos inadimplentes, 42% afirmam que não conseguiram pagar suas contas em dia em função do desemprego, um crescimento de 1 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 11 pontos em comparação com o segundo trimestre de 2015. O desemprego afeta mais as famílias que ganham até dez salários mínimos: citado por 46% dos entrevistados que recebem até 3 salários mínimos e 37% dos que ganham de 3 a 10 salários. O segundo motivo foi o descontrole financeiro, com 24% das menções.

Quanto à percepção de endividamento, a pesquisa mostrou que 23% dos consumidores afirmam estar muito endividados; 42%, mais ou menos; e 35%, pouco endividado. Do total, 42% declararam estar com até 25% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Ainda de acordo com o levantamento, subiu de 20% para 33% a fatia de inadimplentes que afirmam ter uma situação financeira pior neste trimestre em comparação ao segundo trimestre de 2015. Para 44% deles a situação está igual e para 23%, está melhor. 

A pesquisa conversou com 1.014 consumidores, entre os dias 23 de maio e 3 de junho.

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