O País alcançou o patamar recorde de 12,024 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um aumento de 36,6% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente a 3,220 milhões de pessoas a mais em busca de uma vaga.
A população ocupada encolheu 2,2% no trimestre encerrado em agosto, como consequência do fechamento de 1,991 milhão de postos de trabalho.
A taxa de desemprego só não aumentou mais porque a população inativa cresceu 1,3%, o que significa que 809 mil pessoas optaram por deixar a força de trabalho em vez de procurar emprego.
O Brasil perdeu 1,363 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano, segundo os dados da Pnad Contínua. O resultado equivale a uma redução de 3,8% no total de trabalhadores formais no setor privado no trimestre encerrado em agosto ante o mesmo período de 2015.
Em dois anos, já houve o fechamento de 2,5 milhões de vagas com carteira assinada no setor privado, observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento no IBGE.
Ao mesmo tempo, o setor privado contratou mais 122 mil pessoas sem carteira assinada, um avanço de 1,2% no total de ocupados nessa condição no período de um ano.
O trabalho por conta própria ainda cresce nesse tipo de comparação, 0,4%, com 86 mil pessoas a mais. Já o trabalho doméstico avançou 1,4%, com mais 84 mil empregados no período de um ano.