O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, manifestou-se nesta segunda-feira (24) confiante na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece um limite de gastos públicos pelos próximos 20 anos. A matéria voltará a ser analisada na Câmara Federal amanhã (25) para votação em segundo turno.
Apesar das reações de opositores, para o ministro a classe parlamentar “está madura” para tomar a decisão que é “extremamente necessária para que o Brasil retome o crescimento econômico”. Em sua projeção, o número de votos favoráveis pode até ultrapassar a margem do primeiro turno, no último dia 10, quando a PEC foi aprovada por 366 a 111, havendo duas abstenções.
Ele fez essa afirmação nesta segunda-feira (24) após um encontro reservado com investidores e empresários do mercado financeiro, na XP Investimentos, na zona sudoeste da cidade.
Na reunião, o ministro foi indagado sobre os rumos da economia e anunciou que o governo está trabalhando arduamente para conquistar novos investimentos externos e também para ampliar a participação brasileira no exterior.
Neste sentido, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, informou que, nos próximos dias, o Brasil assinará acordo com a Índia, o primeiro do gênero do atual governo com a Ásia.
O objetivo é criar regras seguras de investimentos mútuos, explicou. O ministro lembrou que já existem empresas brasileiras instaladas naquele país na área de logística e transporte como a fabricante de caminhões e ônibus Marco Polo.
Marcos Pereira justificou que o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) fechará com resultado negativo em 2016 porque a atual gestão já assumiu o governo dentro de um quadro difícil no país. Mas, em 2017, a tendência é de retomada.
“Nossa expectativa e de todos os analistas é de que o ano que vem já vai ter crescimento. A própria peça orçamentária enviada ao Congresso prevê alta de 1,6%. Há alguns otimistas que falam em 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI), que é muito mais conservador, fala em 0,5%. O fato é que - no cenário mais conservador e no mais otimista - vamos crescer e é isso que esperamos”, finalizou.