Os bancos públicos, junto de bancos de fomento internacionais, trabalham para reduzir o risco cambial aos investidores que participarem dos leilões de concessão, segundo o secretário do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco. "Quando o câmbio é muito variável, os investidores têm receio da instabilidade", afirmou o ministro, após apresentar palestra na feira Rio Oil&Gas, no Riocentro.
Técnicos do Banco do Brasil, da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), junto do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, estudam uma modelagem de financiamento que reduza o peso das variações do real frente ao dólar no resultado dos negócios.
"A ideia é que o risco cambial esteja embutido na nova modelagem de financiamento, sobretudo, porque não podemos voltar a trabalhar com indexação. No passado, para resolver essa questão do risco cambial, as alternativas que as autoridades econômicas usaram foi de estimular indexação, o que gerou um processo inflacionário de muita vitalidade", afirmou o ministro.
Ele disse não saber ainda qual será a solução, que está sendo avaliada, sem que se tenha concluído nenhuma alternativa até então. "Essa questão do risco mobiliza os investidores. A teoria está aí para resolver isso", disse Moreira.