Os consumidores estão mais otimistas, mas o nível de confiança ainda está abaixo da média histórica, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados hoje (28). O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 1,3% neste mês em relação a setembro e alcançou 104,4 pontos, na quarta alta consecutiva do indicador. Na comparação com outubro do ano passado, o Inec teve crescimento de 7,3%. Mesmo assim, a confiança ainda permanece 4,1% abaixo da média histórica, que é de 108,9 pontos.
O aumento do Inec é resultado, especialmente, da melhora do otimismo dos brasileiros em relação à renda pessoal. O indicador de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 5,2% em relação a setembro.
O indicador de expectativa de endividamento cresceu 0,6% e o de situação financeira teve alta de 1,2% em outubro frente a setembro. Quanto maior o índice, maior é o número de pessoas que espera a melhora da renda e da situação financeira a redução do endividamento. A expectativa de inflação subiu 0,8%.
A expectativas sobre o desemprego melhoraram, com queda de 0,5% no indicador em outubro, em relação a setembro. Mas os brasileiros ainda estão cautelosos com as compras de bens de maior valor, como móveis, carros e eletrodomésticos. O indicador de expectativas de compra de maior valor subiu 0,8% em outubro na comparação com setembro. No entanto, a queda em relação a outubro do ano passado é de 4,8%. "Isso revela que, apesar da melhora do INEC, os consumidores ainda não se sentem seguros o suficiente para aumentar o consumo dessa categoria de bens, que envolve comprometimento de maior parte da renda e por mais tempo", avalia a pesquisa.