Frigorífico Peccin poderá suspender as atividades por não fazer recall

A Secretaria Nacional do Consumidor dará início a processo administrativo e também solicitará ao Ministério Público que apure a eventual prática de crimes por parte da empresa
JC Online
Publicado em 13/04/2017 às 15:10
A Secretaria Nacional do Consumidor dará início a processo administrativo e também solicitará ao Ministério Público que apure a eventual prática de crimes por parte da empresa Foto: Foto: JC Imagem


A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou, nesta quinta-feira (13), a possibilidade de suspensão das atividades do frigorífico Peccin bem como o pagamento de multa pelo não cumprimento do recall determinado após a deflagração da Operação Carne Fraca.

Por meio de comunicado, o Ministério da Justiça alertou que o prazo estipulado para a realização do recall se esgotou, e, mesmo que a empresa adote a medida, será penalizada por realizar o procedimento tardiamente.

Além disso, a Senacon dará início a processo administrativo e também solicitará ao Ministério Público que apure a eventual prática de crimes pela omissão no recall.

Recall

No último dia 27, a secretaria havia determinado o recolhimento dos produtos da fábrica da Peccin em Jaraguá do Sul (SC), com o SIF (selo do Serviço de Inspeção Federal) de número 825.

Anteriormente, no dia 24, já havia sido determinado o recolhimento das carnes das unidades no Paraná da Souza Ramos (SIF 4040), da Transmeat (SIF 4644) e da Peccin (SIF 2155).

Na época, a secretaria recebeu documentação do Ministério da Agricultura sobre uma auditoria realizada em Jaraguá do Sul, na qual foi apontado que "o estabelecimento não detém controle dos processos relacionados a controle de matéria-prima, formulação e rastreabilidade de seus produtos", trazendo riscos à saúde dos consumidores.

Atualmente, a Peccin conta com fábrica no Paraná e em Santa Catarina. Em nota publicada no site da empresa, o frigorífico esclarece que já está em processo de paralisação das atividades por "questões burocráticas". Segundo o informe, 450 pessoas são empregadas diretamente na Peccin.

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