O dólar recua ante o real desde o começo da sessão, refletindo a aprovação da reforma trabalhista no plenário do Senado na noite por 50 votos favoráveis e 26 contrários. O viés de baixa do dólar ante moedas emergentes e ligadas a commodities e a alta do petróleo também influenciam na queda.
Há pouco, também renovou mínima intraday, aos R$ 3,2204 (-1,01%) no mercado à vista, em sintonia com a ampliação da queda da moeda norte-americana no exterior em reação ao discurso que a presidente do Fed, Janet Yellen, fará na Câmara dos Representantes no fim da manhã e que foi divulgado antecipadamente.
Os investidores precificam sobretudo a sinalização de Yellen de que "os Fed Funds não devem aumentar muito mais para alcançar nível neutro", o que é interpretado por analistas como reforço dos sinais de gradualismo da política monetária do Fed. O dólar para agosto registrou mínima aos R$ 3,2330 (-1,10%).
Mais cedo, o diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, disse que os fracos dados de vendas no varejo no Brasil em maio não afetaram a precificação do dólar, e que o mercado cambial reage principalmente à aprovação da reforma trabalhista. Ainda, segundo ele, a queda frente o real é ajudada pelo dólar fraco lá fora e uma antecipação de vendas diante das expectativas de novos fluxos de entrada de estrangeiros para as Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) deste mês na B3.
Às 9h52 desta quarta-feira (12), o dólar à vista recuava 0,98%, aos R$ 3,2214. O dólar futuro para agosto caía 1,06% no mesmo horário, aos R$ 3,2345.