A produção média de petróleo dos 14 Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu 8 mil barris por dia (bpd) em janeiro, para o nível de 32,30 milhões de bpd, informou nesta segunda-feira o cartel.
A queda foi puxada pelo forte recuo da produção na Venezuela. O país sul-americano extraiu em janeiro, em média, 47,3 mil bpd de petróleo a menos que em dezembro, para o nível de 1,6 milhão de bpd.
Também reduziram a produção de petróleo a Angola (-10,9 mil bpd), a Argélia (-8,5 mil bpd), a Nigéria (-8,1 mil bpd), o Catar (-6,7 mil bpd), os Emirados Árabes Unidos (-6,3 mil bpd), o Irã (-3,4 mil bpd), o Gabão (-0,9 mil bpd) e o Equador (-0,5 mil bpd).
Na contramão, o Iraque foi o país que mais expandiu produção de petróleo em janeiro, para o nível médio de 4,435 milhões de bpd, crescimento de 30,2 mil bpd em relação a dezembro.
Também elevaram a produção em janeiro a Arábia Saudita (+23,3 mil bpd), a Líbia (+21,0 mil bpd), o Kuwait (+6,8 mil bpd) e a Guiné Equatorial (+3,4 mil bpd).
No final de 2016, a Opep e outros 10 grandes produtores de fora do cartel, entraram num acordo para reduzir a produção em cerca de 2%, num esforço para combater um excesso de oferta que pressiona a commodity desde 2014. Em novembro do ano passado, o acordo foi estendido até o fim de 2018.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou a demanda global por petróleo em 2018 de 98,51 milhões de barris por dia (bpd) para 98,60 milhões de bpd.
De acordo com a instituição, este aumento da demanda se apoia na "perspectiva econômica positiva" para o ano de 2018.
Apesar do aumento da demanda global, a Opep vê que a procura pelo petróleo produzido pelos 14 Estados-membros do cartel será de 32,86 milhões de bpd, 10 mil bpd acima do nível de 2017.
Por sua vez, a demanda por petróleo produzido fora da Opep vai passar do nível de 64,16 milhões de bpd em 2017 para 65,74 milhões de bpd em 2018.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou de 1,7% para 1,9% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018.
Na avaliação do grupo, o ano de 2018 começou com um "tom positivo" no País. "Uma estabilização na atividade de serviços, aliada à expansão sustentada na produção industrial, levou à recuperação da produção do setor privado. Isto - juntamente com indicações positivos em termos de estabilização da inflação, redução da taxa de desemprego e aumento da confiança dos consumidores - apoia um crescimento notadamente maior em 2018 em relação a 2017", comentou a Organização.
A Opep também revisou para cima as projeções de crescimento global em 2017 e 2018. Agora, o cartel estima expansão de 3,8% em ambos os anos, taxa 0,1 ponto porcentual maior do que a esperada em dezembro.
Ao estimar demanda global de 98,60 milhões de barris por dia (bpd), a Opep comentou que a projeção se insere em um contexto de "perspectiva econômica positiva".