Os custos mais altos com energia elétrica e gasolina ajudaram a pressionar a inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (7). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,41% no último mês, após uma alta de 0,34% em abril.
Três das oito classes de despesas registraram taxas de variação mais elevadas. A principal contribuição para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Habitação (de 0,26% para 0,73%), sob influência da tarifa de eletricidade residencial, que passou de uma alta de 0,78% em abril para avanço de 3,94% em maio.
Os demais aumentos ocorreram em Transportes (de 0,07% para 0,48%) e Comunicação (de 0,07% para 0,20%), com destaque para a gasolina (de 0,17% para 2,57%) e a tarifa de telefone residencial (de -1,07% para -0,32%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas em Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,12% para 0,70%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,12% para -0,37%), Alimentação (de 0,29% para 0,24%), Vestuário (de 0,60% para 0,41%) e Despesas Diversas (de 0,13% para 0,06%).
Houve impacto dos itens medicamentos em geral (de 2,36% para 0,65%), salas de espetáculo (de 2,54% para 0,28%), frutas (de 3,17% para -2,77%), roupas (de 0,79% para 0,46%) e clínica veterinária (de 1,32% para -0,12%).
O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,19% em maio, ante avanço de 0,37% em abril. Dos 85 itens componentes do IPC, 43 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 53,25% em maio, 2,96 pontos porcentuais abaixo do resultado de 56,21% registrado em abril.
As despesas com materiais na construção subiram mais em maio, mas o custo da mão de obra perdeu fôlego, o que levou a uma desaceleração na inflação do IGP-DI.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,23% em maio, depois de uma elevação de 0,29% em abril. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve um aumento de 0,39% em maio, ante um avanço de 0,31% registrado no mês anterior. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra teve alta de 0,10% em maio, após um aumento de 0,27% em abril, segundo a FGV.