O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta terça-feira, 16, medidas voltadas aos caminhoneiros para "poder dar melhores condições de trabalho aos caminhoneiros" e evitar uma nova greve, como em 2018. Entre elas está uma linha de crédito específica para o caminhoneiro autônomo de até R$ 30 mil, para compra de pneu e manutenção de veículos. A linha que está sendo desenhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá R$ 500 milhões disponíveis na primeira liberação.
Segundo Onyx, a linha de crédito começará a ser disponibilizada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. "Depois para os demais brancos e cooperativas de crédito pelo Brasil", afirmou o ministro, sem dar data de quando a linha será efetivamente liberada.
O crédito será centrado em caminhoneiros autônomos, que tenham até dois caminhões por CPF. "É para garantir que o autônomo tenha acesso a esse importante instrumento. Temos reconhecimento de que é um problema bastante sério, que impacta a segurança do motorista e das demais pessoas nas rodovias", disse Onyx em coletiva de imprensa em que o governo anuncia medidas para o setor rodoviário.
Além da linha de crédito, foi anunciado também que serão destinados R$ 2 bilhões ao orçamento do Ministério da Infraestrutura, para serem usados na expansão e duplicação de rodovias federais. Os ministérios do Desenvolvimento Regional e da Defesa também deverão receber mais recursos, fora dos R$ 2 bilhões já citados. O governo, no entanto, não informou qual a relação desse dinheiro com os caminhoneiros e nem de onde ele virá.
Os investimentos devem ser voltados para a expansão e duplicação de rodovias federais, como a BR 163, a construção de locais para repouso dos caminhoneiros, com infraestrutura para banho. refeição e reparos técnicos nos veículos.
"O presidente sempre teve na vida parlamentar muita proximidade com os caminhoneiros, ao longo da campanha assumiu compromisso de dar melhores condições de trabalho para a categoria", disse Onyx, que destacou concessões de portos e aeroportos e o leilão da Norte-Sul, mas lembrou que o Brasil fez uma escolha há 50 anos pelo modal rodoviário.