Gigante da energia limpa investe em baterias residenciais

A Comerc Energia prevê investimentos na ordem dos R$ 100 milhões em 2020
Lucas Moraes
Publicado em 27/11/2019 às 20:08
Fernando de Noronha já conta com duas usinas solares e nove sistemas de geração distribuída, que utilizam painéis fotovoltaicos Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Com olhar para alternativas de eficiência energética e tecnologia, a Comerc Energia prevê investimentos na ordem dos R$ 100 milhões em 2020 para otimizar os serviços de gestão, comercialização e consultoria para compra e venda de energia. A atenção agora é com o potencial de novos nichos, como a abertura do mercado de gás e o uso de baterias para a geração a partir de fontes intermitentes, inclusive em residências.

“Hoje já se tem tecnologias que fazem com que essa transformação na forma de consumir seja mais econômica e eficiente. Todo mundo olha o lado da geração, mas não da redução de consumo mantendo a mesma produção, por uma questão de que a eficiência é pouco valorizada”, avalia o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos.

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Atuando no mercado livre de energia, a Comerc deve chegar ao fim de 2019 com um faturamento de 3,7 bilhões, crescimento de 54% em relação a 2018 (R$ 2,4 bilhões), contabilizando 2,2 mil unidades atendidas e 1,4 mil clientes em todo o País. “O mercado livre vem crescendo também em função dos preços mais atrativos, principalmente em se tratando de novos projetos nas áreas solar e eólica. Por isso, o mercado livre também passa a fazer parte da expansão energética, sendo um financiador dessa expansão”, detalha Vlavianos.

Ainda nas áreas solar e eólica, o “novo front” se desenha em torno do desenvolvimento de baterias e softwares para gestão desses equipamentos e armazenamento da energia gerada a partir dessas fontes. Embora a Aneel esteja este ano avaliando uma mudança nas regras de compensação da geração distribuída de energia solar, e isso venha causando apreensão no setor por conta da possibilidade de alta nos custos da geração, a Comerc acredita que essa mudança será um dos passos fundamentais para fomentar, inclusive, o armazenamento de energia solar em residências.

“A gente vislumbra que isso vai acontecer, e não vai demorar muito (uso de baterias em residências). Vimos isso acontecer na Alemanha, o pessoal investiu muito em solar, concentrou a geração durante o dia e essa arbitragem começou a ser feita pela bateria. Aqui, a gente tem risco constante de queda de energia, a bateria supre essa necessidade de backup, mas também virá para a redução do custo do fio, na ponta. Hoje, o interesse é em backup, mas tende a evoluir.” acredita o presidente da Comerc.

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