RIO

Trabalhadores da Transposição do São Francisco têm salários atrasados

São cerca de 1,5 mil empregados nas cidades de Salgueiro, no Sertão do Estado, e Pena Forte, no Ceará, prejudicados com atraso no salário de março
Da editoria de economia
Publicado em 19/04/2018 às 5:09
São cerca de 1,5 mil empregados nas cidades de Salgueiro, no Sertão do Estado, e Pena Forte, no Ceará, prejudicados com atraso no salário de março Foto: Foto: Cortesia


Trabalhadores da Emsa, empresa que substituiu a Mendes Junior para dar continuidade às obras do Eixo Norte da Transposição do São Francisco, estão com os salários e o cartão-refeição referentes ao mês de março atrasados em 11 dias. São cerca de 1,5 mil empregados nas cidades de Salgueiro, no Sertão do Estado, e Pena Forte, no Ceará, prejudicados. Eles denunciam que a construtora não está com condições de tocar a obra, que estaria parada há quatro semanas. A Emsa nega que as obras estejam paradas.

“A empresa afirma que está sem condições de tocar a obra, começou a demitir funcionários. As obras estão paradas há cerca de quatro semanas e só serão retomadas quando a situação for resolvida. Vamos entrar com ação judicial contra a empresa até sexta”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral em Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral.

Na última segunda-feira, os funcionários realizaram protesto em frente ao escritório do Ministério da Integração em Salgueiro, pedindo o pagamento dos salários atrasados. Esta não é a primeira vez que os trabalhadores enfrentam dificuldades com a Emsa. O salário de fevereiro só foi pago no dia 21 de março.

Já a Emsa, por meio de seu advogado, admitiu que os salários dos trabalhadores estão atrasados e afirma que vai tentar resolver a situação até o fim desta semana. Porém, nega que as obras estão paralisadas.

EMSA-SITON

O consórcio Emsa-Siton foi escolhido em abril do ano passado para concluir os 140 quilômetros de obras restantes na etapa 1, no lugar da Mendes Júnior, que ficou sem condições de continuar a construção após envolvimento na Operação Lava Jato. No processo licitatório em que saiu vencedor, o consórcio Emsa-Siton figurou como a terceira melhor opção com proposta de R$ 518 milhões. O primeiro e o segundo colocados foram inabilitados por critérios técnicos.

Segundo o Ministério da Integração, as obras do Eixo Norte da transposição estão 94,9% finalizadas. A expectativa é de que a água percorra todo o Eixo Norte ainda este ano.

Sobre o atraso no salário de trabalhadores da Emsa, o ministério respondeu que a remuneração dos trabalhadores é de responsabilidade da empresa. Segundo o órgão, equipes técnicas acompanham a atuação da construtora e, se necessário, analisarão as medidas cabíveis.

Por fim, a pasta garante que não há pendência financeira do governo federal com nenhuma empresa prestadora do serviço das obras da transposição.

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