Estado anuncia ações para ajudar bacia leiteira durante estiagem

A ideia é pagar mais pelo litro do leite do produzido em pequenas propriedades
Do JC Online
Publicado em 18/05/2012 às 7:54


O governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (17) um pacote de medidas para tentar minimizar os efeitos da seca na bacia leiteira de Pernambuco. Um dos dados mais alarmantes da situação de estiagem na região é o abate de milhares de vacas reprodutoras que ainda poderiam estar produzindo leite. Muitos produtores também estão se desfazendo de seu rebanho. A principal providência do Executivo é dobrar o investimento no programa Leite de Todos, que atualmente é de R$ 800 mil. A ideia é pagar mais pelo litro do leite do produzido em pequenas propriedades. Segundo o governo, o valor pago ao pecuarista ficará 30% maior e passará dos R$ 0,76 atuais para R$ 1, no caso do leite de vaca. Já o leite de cabra passa de R$ 1,30 para R$ 1,65, cerca de 20% a mais.

Atualmente, 80% da produção leiteira do Estado, que é de 1,8 milhão de litros, vêm da agricultura familiar. Itaíba é a cidade pernambucana com maior produção e a 13ª do ranking brasileiro. Além disso, o governador Eduardo Campos também prometeu que vai suspender a cobrança do ICMS sobre a ração animal. “São ações importantes para que possamos preservar a bacia leiteira de Pernambuco. Se conseguimos alimentar o gado, ele produz o leite, que é comercializado, gerando renda até a sua chegada à casa das milhares de mães que, por sua vez, precisam desse alimento para criar seus filhos”, afirmou Eduardo.

O anúncio foi feito pelo governador ontem, a cerca de 500 produtores e empresários do setor de laticínios, em reunião realizada no Ginásio de Esportes do município de Itaíba (a 332 km do Recife). O governador também anunciou apoio logístico para o transporte da produção agropecuária, compra de estoques de milho para alimentar os animais e a contratação imediata de 30 técnicos para ajudar os produtores a acessarem a linha de crédito emergencial de R$ 1 bilhão disponibilizada pelo governo federal dentro do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE).

Eduardo disse também que conseguiu, junto ao governo federal, um desconto de mais de 50% no preço do milho para os pequenos agricultores. O quilo do alimento, que normalmente é comercializado a R$ 40, será adquirido por R$ 18,10. Serão disponibilizadas 300 mil toneladas do cereal. Cada produtor poderá comprar até 60 quilos, o que representa uma economia de R$ 1.314. Para efetuar a compra, ele só precisa estar cadastrado no Pronaf.

Leia mais na edição desta sexta-feira (18) do Jornal do Commercio

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