Primeiro foi a seca, agora a quebradeira das empresas. A crise na bacia leiteira de Pernambuco parece não dar trégua. A estiagem puxada, que fez minguar a produção, dá lugar a uma superoferta de leite por falta de comprador. Empresas como a LBR - Lácteos Brasil (Garanhuns), Nutrir Produtos Lácteos (Gravatá) e Valedourado (Palmeira dos Índios/AL) diminuíram a recepção da matéria-prima ou simplesmente deixaram de produzir. Em dificuldades financeiras, as três indústrias entraram em processo de recuperação judicial e estão devendo a fornecedores no Estado, inclusive aos produtores de leite.
Resultado da união entre a Bom Gosto e a LeitBom, a LBR comprou a antiga fábrica da Parmalat em Garanhuns por R$ 31 milhões, em 2009. Na época, o negócio foi apontado como a redenção da bacia leiteira, que sofria com a falência da italiana Parmalat. A dívida da LBR no Brasil é de R$ 647,3 milhões e ultrapassa R$ 3 milhões em Pernambuco. No plano de recuperação judicial, a empresa ACR Medical Logística fez uma oferta de R$ 50 milhões pela unidade pernambucana.