Polícia Militar consegue reprimir protesto de funcionários da Alusa Engenharia

Trabalhadores pretendiam colocar fogo em um ônibus para bloquear a PE-60 e dar continuidade aos protestos contra os salários atrasados
Do JC Online
Publicado em 02/12/2014 às 7:42
Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Atualizada às 11h08

A Polícia Militar conseguiu reprimir um protesto na PE-60, na altura do radar do Cabo de Santo Agostinho, que estava sendo organizado pelos trabalhadores da empresa Alusa Engenharia - de montagem industrial, que atua na Refinaria Abreu e Lima - na manhã desta terça-feira (2). Os funcionários tinham o intuito de queimar um ônibus para bloquear a via. A mobilização faz parte dos protestos dos trabalhadores da Alusa, que presta serviços à Petrobras, em virtude dos salários e benefícios financeiros atrasados.

Desde o início da manhã a movimentação é intensa e o trânsito que fluía bem, passa a ficar complicado nas imediações da rodovia. Combustível já havia sido jogado no ônibus que serviria de bloqueio. Com a ação dos policiais, os manifestantes tentaram realizar bloqueios nas imediações do Shopping Costa Dourada, mas esta movimentação também foi frustrada.

A ação da polícia abrangeu um grande número de viaturas, policiais do 18º Batalhão da Polícia Militar, Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati), Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal. O Coronel Galindo, comandante da ação que prendeu três trabalhadores, considera o protesto dos trabalhadores da Alusa Engenharia sem sentido. "Providências para pagamento de funcionários da Alusa já foram adotadas", afirma. Os detidos foram autuados na Delegacia do Cabo.

Foto: Guga Matos/JC Imagem
Polícia Militar consegue reprimir protesto de funcionários da Alusa Engenharia - Foto: Guga Matos/JC Imagem
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PETROBRAS - A ordem de bloqueio que impedia a Petrobras de utilizar R$ 126.667.733,89 para que esta quantia fosse utilizada para pagar aos 4.600 funcionários da Alusa e outros consórcios na Refinaria Abreu e Lima, em Suape, foi revogada pelo juiz Hélio Galvão, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. A decisão do magistrado foi anunciada no dia 28.

O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE) informou que vai recorrer da decisão do juiz Hélio Galvão. Em nota, o presidente do sindicato, Aldo Amaral, disse que a Petrobras "não está disposta a resolver e pagar os trabalhadores, que estão cada vem mais passando necessidades".

A primeira ordem de bloqueio foi expedida pela juíza Josimar Mendes, da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, no dia 25 de novembro. A juíza Josimar calculou que a dívida trabalhista chega a R$ 137,5 milhões. 

A dívida é relativa a salários atrasados, pagamento de rescisões e participação nos lucros e resultados (PLR), além do não recolhimento dos valores do FGTS, INSS, vale-alimentação e assistência médica e hospitalar.

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Alusa protesto petrobras
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