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Desemprego da RMR tem maior taxa do ano

De acordo com Dieese, Grande Recife tem hoje 247 mil pessoas sem emprego
Da editoria de economia
Publicado em 25/06/2015 às 12:41
De acordo com Dieese, Grande Recife tem hoje 247 mil pessoas sem emprego Foto: Foto: Fotos Públicas


A taxa de desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR) no mês de maio foi a maior deste ano, chegando aos 13,5%. Mesmo sendo pequena a diferença em relação a abril (cuja taxa foi de 13,3%), a expectativa era de que o período representasse uma melhora no índice. Desde 2009 a taxa de desemprego sofre uma queda na região nos meses de maio.Os números são parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego, a PED, divulgada na quarta-feira (24).

A quantidade total de desempregados na RMR ficou em 247 mil, mil pessoas a mais que o mês anterior. A pesquisa ainda aponta que houve uma grande saída de força de trabalho da região (menos 19 mil trabalhadores), número que pode estar ligado à eliminação de 20 mil postos de trabalho.

“Não podemos dizer que houve uma surpresa com o resultado do mês, já que a pesquisa mostra que a região está dentro do contexto nacional, mas havia uma expectativa de melhora no índice para o mês, já que historicamente o número a taxa de desemprego sofreu mais retrações que aumentos nos meses de maio”, avalia Jairo Santiago, coordenador da PED, que no Recife é realizada pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (SEMPETQ), em parceria com o Dieese e a Fundação Seade.

O setor com maior variação em relação a abril foi o da construção civil, com menos 2,9% de ocupados, seguido da indústria de transformação (-2,7%) e serviços (-2%). Apenas a categoria comércio e reparação de veículos automotivos e motocicletas teve variação positiva, com aumento de 1,2% de ocupados. 

Já na comparação com maio do ano passado, todos os setores tiveram variação negativa e a maior retração foi na indústria de transformação (com menos 8,3%), seguido da construção (-6,8%), comércio e reparação de veículos automotivos e motocicletas (-6,3%) e serviços (-1,1%).

Sobre o rendimento dos trabalhadores, a pesquisa avalia o salário do mês anterior dos entrevistados. Assim, o rendimento médio real do total de ocupados caiu 1,6% entre março e abril, que em valores passou de R$ 1.276 para R$ 1.255. A maior redução foi entre os autônomos (-5,6%), seguidos dos que não têm carteira assinada (-3,8%) e do setor público (-1,6%).

Mesmo com o resultado ruim de maio, o coordenador da pesquisa acredita que os próximos balanços tragam números melhores. “As famílias estão mais endividas, estão gastando menos, e isso teve impacto nos resultados dos cinco primeiros meses. O segundo semestre costuma ser mais positivo, principalmente com aumento das atividades na construção e na indústria”, explica Jairo Santiago.

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