Sindicato dos Bancários realiza ato de repúdio contra a OAB-PE

Mais de 30 entidades participarão do ato em frente à Caixa Econômica Federal no Centro do Recife
JC Online
Publicado em 05/10/2016 às 11:20
Mais de 30 entidades participarão do ato em frente à Caixa Econômica Federal no Centro do Recife Foto: Foto: Brayan Martins/PMPA


O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza ato de repúdio contra a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco, nesta quarta-feira (5), às 15h. O ato acontece em frente à Caixa Econômica Federal - Marrocos, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. A atividade contará com a participação de mais de 30 entidades, entre elas, Contraf, CUT e Frente Brasil Popular. Os bancários estão de greve há 30 dias, é a maior paralisação desde 2004.

O movimento acontece após a OAB-PE entrar na Justiça para pedir a reabertura de agências com objetivo de pagamento de alvarás. A organização conseguiu liminar que determinava a reabertura das agências, mas o sindicato não atendeu, afirmando que já estava cumprindo a lei de greve. As partes se encontraram em audiência de conciliação em que ficou acordado a abertura de uma agência para o pagamento dos alvarás. No entanto, os bancários decidiram que não cabia a eles convocar trabalhadores em greve.  

Em seguida, a OAB-PE pediu a majoração da multa diária em caso de descumprimento da liminar de R$ 10 mil para R$ 100 mil e, em caso de resistência, a prisão da presidente do sindicato. 

Esta semana, a juíza do Trabalho, Mariana de Carvalho Milet, julgou improcedente e excessivo o pedido da Ordem para majoração de multa e prisão da presidenta da entidade paredista, e considerou que não cabe ao Sindicato convocar trabalhadores em greve para pagamento de alvarás.

REIVINDICAÇÕES

Segundo os bancários, o ato foi mantido porque entender que as ações da direção da OAB-PE são incompatíveis com o funcionamento do estado democrático de direito e que atacam o direito de greve. 

A categoria reivindica condições de trabalho, reajuste de 14,78% (inflação de 9,78% mais 5% de ganho real), redução das taxas de juros, igualdade de oportunidades e fim dos assédios moral e sexual.

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