A água da transposição do Rio São Francisco que vai passar pelo Eixo Leste chegará em março deste ano a Paraíba e somente em dezembro a Pernambuco. A captação do Eixo Leste ocorre em Floresta e passa por três municípios pernambucanos: Betânia, Custódia e Sertânia até chegar em Monteiro (PB). O Agreste e Sertão estão passando por uma grande estiagem há seis anos.
Para a água do Eixo Leste chegar aos pernambucanos deveriam ter sido implantados o Ramal do Agreste, uma adutora que iria de Sertânia a Arcoverde, e a primeira etapa da Adutora do Agreste, em construção desde 2013 para levar água a 23 municípios. Ambas as obras serão feitas com recursos federais, embora o governo do Estado esteja à frente da execução das obras da Adutora do Agreste.
Com relação ao Ramal do Agreste, a União deu uma ordem de serviço para fazer o projeto executivo e o estudo de impacto ambiental. A previsão é de que as obras – que não foram iniciadas – sejam concluídas em 2022.
Já as obras da Adutora do Agreste atrasaram por causa da suspensão de repasse da verba da União, ficando praticamente paradas em 2015. O empreendimento recebeu R$ 610 milhões e faltam R$ 636 milhões. “Para fazer a água do Eixo Leste chegar aos pernambucanos, inserimos a Adutora do Moxotó, que começa em Custódia e vai até Arcoverde, no convênio da Adutora do Agreste”, explica o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares. A previsão é de concluir a Adutora do Moxotó entre outubro e dezembro deste ano. É essa obra que vai fazer a água do Velho Chico chegar ao Sertão e Agreste do Estado até que o Ramal do Agreste saia do papel.
A Adutora do Moxotó não inviabiliza o Ramal do Agreste. A primeira transportará, no máximo, 450 litros por segundo, enquanto o Ramal do Agreste vai escoar 4 mil litros por segundo.