Recursos da privatização não devem ir para o Tesouro, diz Fiepe

O presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, diz que os recursos da privatização da Chesf não deveriam ser usados para diminuir o déficit fiscal
Da editoria de economia
Publicado em 13/07/2017 às 8:01
O presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, diz que os recursos da privatização da Chesf não deveriam ser usados para diminuir o déficit fiscal Foto: Foto: Bernardo Soares/Acervo JC Imagem


O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, criticou a intenção do governo federal de destinar ao Tesouro Nacional os recursos gerados pela futura privatização das empresas do Sistema Eletrobras, incluindo a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). A privatização e o uso dos recursos são propostos no novo marco legal do setor elétrico, em consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia.

“Colocar os recursos gerados na privatização do setor elétrico no Tesouro Nacional é transformar isso num imposto indireto, porque vai subsidiar a Previdência”, explica Essinger. E acrescenta: “Os investimentos feitos nas hidrelétricas da Chesf já foram amortizados e pagos pelos cidadãos na conta de energia”.Ele defende que esses recursos poderiam ser empregados para aumentar a segurança do sistema energético e também na expansão da geração. 

PROPOSTA

Na proposta, os recursos das futuras privatizações iriam para o Tesouro Nacional, a Eletrobrás e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo cobrado na conta de luz. No entanto, o secretário executivo do MME, Paulo Pedrosa, admitiu que os recursos (da privatização) iriam reduzir o déficit fiscal da União.

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