Próxima sexta-feira (24), começa oficialmente a Black Friday. A data, sempre a última sexta-feira de novembro, começou a ser aplicada no Brasil em 2010 e vem ganhando força a cada ano. Neste dia, os comerciantes oferecem descontos tentadores como forma de estímulo para antecipar,e até estender, as compras natalinas. Para Rafael Ramos, economista da Fecomercio-PE, o cenário para este fim de ano é positivo. Segundo ele, a expectativa é de que as vendas de fim de ano, incluindo o período da Black Friday, vão confirmar a reversão da crise econômica, com compradores mais confiantes e comerciantes ampliando seus negócios. Apesar de não ter um estudo específico para avaliar o impacto da Black Friday no comércio local, Rafael Ramos acredita que a data já esteja entre as principais para o comercio de Pernambuco, ao lado do Natal, São João e Dia das Mães. “Os lojistas já estão se preparando para concorrer com as ofertas da internet. É importante lembrar que a Black Friday também vai estar nas lojas físicas”, diz o economista.
De restaurantes a classificados online, de oficinas a agências de viagem, praticamente todos os setores do comércio, incluindo os de serviços, vão oferecer descontos na tentativa de atrair compradores nesta espécie de aquecimento para o Natal. Justamente por ter uma grande oferta de facilidades e vantagens, faltando uma semana para a abertura da caçada aos descontos, é bom o consumidor ficar atento para realmente fazer um bom negócio. Danyele Sena, gerente jurídica do Procon-PE, informa que o órgão está realizando pesquisas de preços dos produtos mais demandados durante a Black Friday, como celulares e eletrodomésticos, para que o consumidor possa comparar os valores antes e durante o período de descontos. “Uma prática comum é a de aumentar o preço do produto faltando poucos dias para o início da Black Friday para, depois, oferecer um desconto que, na verdade, é o preço real da mercadoria”, diz Danyele. A pesquisa de preços do Procon-PE será divulgada na próxima semana, mas nada impede que o consumidor faça sua própria coleta de preços desde já, orienta a advogada.
Outro cuidado que o consumidor deve ter é, caso escolha comprar pela internet, só acessar sites de lojas conhecidas e confiáveis. É possível checar o histórico de reclamações dessas lojas nas unidades do Procon, ou pela própria internet, em sites como o Reclame Aqui. O Procon de São Paulo divulgou uma lista com 518 estabelecimentos que devem ser evitados pelo consumidor por apresentarem muitas queixas dos consumidores. A lista, que tem abrangência nacional, pode ser consultada no www.procon.sp.gov.br.
A tradutora Cristina França é um exemplo de consumidora que não perde uma boa promoção mas também é atenta aos riscos de se deixar levar pela propaganda oferecendo preços baixos. Ela diz que para a próxima Black Friday está planejando adquirir um celular para a filha ou um notebook, para utilizar em seus trabalhos de tradução. A compra será feita pela internet e ela já andou pesquisando preços. “Fico atento as ofertas e não deixo de ler os comentários dos usuários dos sites. Se vejo muitas reclamações sobre, por exemplo, o prazo de entrega, já considero comprar em outra loja”, afirma Cristina. Veja agora outras dicas para um compra segura na Black Friday.