Na sua 17ª edição, a Fenahall aposta na variedade de produtos para chegar neste domingo (19) com mais de R$ 3,1 milhões movimentados em toda a feira. Dos laços para crianças, passando pelos doces e bebidas, roupas, bordados, acessórios, objetos da cultura geek e até quadros e esculturas produzidos a partir de MetaReciclagem, o evento reúne mais de 300 expositores de várias partes do mundo e do Brasil que buscam incrementar o faturamento no primeiro mês do ano.
Experiente na feira, Uãnyn Ribeiro, 21, saiu do Maranhão para São Paulo com a marca de roupas da avó (Uãnyn Brasil) e há 10 anos aporta no Recife, mais precisamente na Fenahall, para vender suas peças exclusivas. “Sempre dá muito certo. Na primeira vez, nosso stand era bem no final do percurso da feira, alguns anos depois buscamos espaço no meio do circuito e, agora, já ficamos logo no começo. Trouxemos um estoque de 300 peças exclusivas e desde hoje (ontem) já estamos repondo. O que era 300 já vai em pelo menos 500 peças até então”, conta ela. A aposta no stand é o Patchwork e peças para o verão. “O pessoal em Pernambuco vê um produto bom e compra, o legal é isso”, reforça Uãnyn, que recebe, por peça, de R$ 35 a R$ 180.
A poucos metros dela e também do hall dos mestres, com peças assinadas por grandes artistas tradicionais do Estado, está a Shigueo Kaza, uma marca paulista de cultura geek. “A feira já virou uma tradição pra gente há sete anos. A semana começou morna, mas hoje (ontem) o movimento melhorou bastante. Se continuar assim, estamos bem satisfeitos”, diz o proprietário da marca, Alex Rodrigues, 41. Sucesso entre os jovens, no stand dele a aposta são as peças referentes ao K-pop, que enaltecem artistas de grupos musicais coreanos. “Tem produto de R$ 5 a R$ 89, dá pra comprar nem que seja uma lembrancinha” afirma.
Esse produtos diferenciados, que geralmente não fazem parte das feiras que acontecem no Estado, são justamente a aposta da Fenahall. “Estamos com a feira há 17 anos e buscamos trazer também esse referencial da cultura urbana. Investimos R$ 1 milhão para criar opções para que mais pessoas visitem o evento, inclusive os mais jovens. Costumo dizer que a feira funciona em cima de três pilares: quem visita; quem vende e quem faz. Então temos que alinhar a expectativa de todos eles para dar certo”, afirma o coordenador da feira, Leonardo Cavalcanti.
Disputada, a Fenahall chega a ser “vendida” em apenas três dias. “Tem 100 pessoas na fila de espera. Não é basicamente comprar o espaço e expor. Prezamos por um rotatividade de pelo menos 30% dos stands a cada feira. Para entrar alguém vendendo doce, tem que sair alguém vendendo doce. A gente quer sempre manter um mix com novidades e não repetir produto a cada stand.”
Entre os estreantes, este ano está a professora Djanice Leonardo, que além de celebrar as vendas conseguiu fazer um bom networking. “É a primeira vez que estou vendendo um produto e expondo numa feira também. Tive 20 dias para aprontar tudo e estou impressionado com o resultado. Aqui recebi material para confeccionar minhas peças e estou fazendo negócio até com grandes empresas”, comemora. Os produtos, quadros e esculturas feitos a partir de lixo eletrônico, encantam e já são promessa de figurar na feira no ano que vem.
A Fenahall segue hoje, das 16h às 22h, até o fim de semana, das 14h às 22h no sábado e no domingo, no Classic Hall, em Olinda, com ingressos de R$ 6 a R$ 12. Além dos standes, há espaço gastronômico e programação de shows durantes a feira.